Vitor Tavares conquista inédita medalha de bronze no badminton nas Paralimpíadas

Em Tóquio 2020, o atleta havia parado em quarto lugar nas disputas individuais do badminton

09:47 | Set. 03, 2024

Por: Gazeta
Vitor Tavares conquistou medalha de bronze em Paris 2024 (foto: Silvio Ávila/CPB)

Vitor Tavares fez história nesta segunda-feira, 2, pelo Brasil nas Paralimpíadas: o paranaense conquistou a inédita medalha de bronze no badminton, ao vencer o Man Kai Chu, de Hong Kong, por 2 sets a 1, com parciais de 23/21, 16/21 e 21/12, na chave de simples da classe SH6 (baixa estatura).

"Estou muito feliz de ser medalhista paralímpico, medalha inédita não só para a minha carreira, mas para o badminton brasileiro inteiro. Foi um alívio (vencer essa partida), sabia que não era uma partida fácil, mas muito decisiva no mental", comentou.

Após passar na fase de grupos, Vitor venceu o norte-americano Miles Krajewski por 2 a 0 (21/15 e 21/15) nas quartas de final. Na semifinal, ele foi derrotado pelo francês Charles Noakes por 2 a 0 (21/18 e 22/20), mas se recuperou para buscar um lugar no pódio.

"Assim que começou o jogo na quadra principal, que era do francês, a torcida era ensurdecedora. Eu já falei: ‘Não, isso aqui não é para mim, isso aqui é para cada lado’. O honconguês deu uma abalada, a gente veio forte, sempre se mantendo e minimizando os erros para estar aqui com isso aqui na mão. Essa medalha é a realização de um sonho", acrescentou.

 

 

 

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Vitor possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. Em 2016, ele conheceu o badminton no colégio. Ele foi convidado para a modalidade por um professor que dava aulas para crianças e atletas de alto rendimento.

Antes do bronze, Vitor terminou em quarto nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e ganhou medalha de bronze no individual e prata nas duplas no Mundial de badminton em Tóquio 2022.

"O brasileiro torcendo é diferenciado, tem gente que eu amo torcendo para mim é incrível. Isso me motivou para poder ir mais longe. Uma pessoa que era para ser dedicada em Tóquio, que é o Diego Mota, o fisioterapeuta que não está mais com nós hoje. Toda a minha equipe trabalhou comigo, equipe multidisciplinar, o CPB, a confederação e a minha família, são para essas pessoas", finalizou o atleta.