Paris-2024: conheça os quatro atletas cearenses que disputarão Paralimpíadas

Com mais de 4 mil paratletas, os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 terão quatro representante alencarinos

17:14 | Ago. 26, 2024

Por: Lara Santos
Cearense Maciel Santos, da bocha, é forte candidato a medalha nos Jogos Paralímpicos (foto: Alessandra Cabral/CPB)

Duas semanas após viver a intensidade dos Jogos Olímpicos, a França se prepara para dar início às Paralimpíadas de Paris-2024. Com 12 dias de duração, a competição começa na próxima quarta-feira, 28, e chega ao fim no dia 8 de setembro, com a cerimônia de encerramento.

Serão 4.400 paratletas de 185 países, e as disputas paralímpicas contarão com 22 modalidades. A delegação brasileira, composta por 255 competidores — 138 homens e 117 mulheres —, carrega quatro cearenses. Henrique Barreto, do atletismo; Maciel Santos, da bocha; Edênia Garcia, da natação; e Eugênio Franco, do tiro com arco, representarão o Ceará na Cidade Luz.

Do quarteto cearense, todos são naturais do interior do Estado. Ao contrário da participação alencarina nas Olimpíadas, em que eram baixas as chances de medalha, nas Paralimpíadas os atletas da Terra da Luz têm chances reais de medalhar em Paris.

Na bocha, Maciel Santos, natural de Crateús, é um dos brasileiros favoritos ao pódio. Atual terceiro colocado no ranking mundial, ele foi medalha de bronze em Tóquio-2020 e conquistou o ouro em Londres-2012, além de uma prata na disputa por duplas na Rio-2016.

Nascido com paralisia cerebral, o paratleta iniciou no esporte aos 11 anos de idade e representa o Brasil em competições há mais de 14 anos. Atualmente, Maciel compete pela categoria BC2 da bocha (atletas com paralisia cerebral que não necessitam de assistência).

Outra veterana em Paralimpíadas com favoritismo é a nadadora Edênia Garcia. Natural do Crato, a paratleta de 37 anos compete pela classe S3, categoria que envolve os estilos nado livre, costas e borboleta; a divisão é destinada a atletas com limitações físico-motoras. Edênia nasceu com a doença de Charcot-Marie-Tooth, que afeta os movimentos dos membros inferiores.

A cratense iniciou na natação por orientação médica e permaneceu por incentivo de outros atletas. Com um vasta experiência em Jogos Paralímpicos, Edênia soma três medalhas de prata, conquistadas em Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012. Na última Paralimpíada, entretanto, ela não subiu ao pódio.

No tiro com arco, Eugênio Franco é o atleta mais velho da delegação brasileira, com 64 anos. Natural de Beberibe, o arqueiro compete na classe W1 (arqueiros com coordenação motora moderadamente afetada). Multicampeão da modalidade, o veterano começou no paradesporto em 2011.

Já Henrique Barreto, de Jaguaretama, representa o Ceará como atleta-guia e conduzirá Yeltsin Jacques, na categoria T11 (atletas deficientes visuais). Atuais campeões do mundo na prova de 500 metros, os dois ultrapassaram o recorde mundial ao atingir a marca de 14min53s97. Campeão da modalidade na última Paralimpíada, Yeltsin é o favorito ao ouro.