Natação: regras do esporte nas Paralimpíadas, história, datas e mais

Atletas com todos os tipos de deficiência podem competir. Veja a seguir mais sobre a história, regras e curiosidades sobre a natação paralímpica

23:58 | Ago. 20, 2024

Por: Évila Silveira
Paralimpíadas: a natação é a segunda modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas (foto: Miriam Jeske/CPB )

A natação é um dos esportes paralímpicos originais e uma das modalidades mais populares. A competição acontece de 29 de agosto a 7 de setembro nos Jogos Paralímpicos de 2024 e o Brasil tem uma trajetória de destaque.

Atletas com todos os tipos de deficiência podem competir. Para garantir uma disputa mais justa possível, cada atleta compete de acordo com sua classificação de deficiência.

Veja a seguir mais sobre a história, regras e curiosidades sobre a natação paralímpica.

Natação paralímpica: conheça história

Assim como a modalidade olímpica da qual se originou, a natação paralímpica surgiu a partir de práticas que tinham como objetivos a terapia.

Ela estreou nos Jogos inaugurais de Roma em 1960. As competições eram inicialmente limitadas a atletas que sofreram lesões medulares, mas com o tempo o esporte foi se expandindo para abranger outras categorias de deficiência.

O Brasil começou a ganhar força na natação em Stoke Mandeville, em 1984, ano em que faturou uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze.

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Natação paralímpica: conheça regras

As regras da natação paralímpica são iguais às da natação convencional, salvo exceções específicas para que as necessidades dos atletas sejam atendidas. 

Todas as largadas da natação são feitas da mesma forma: com o comando de “às suas marcas”. Quando um nadador parte antes do sinal de partida, ele é desclassificado da prova.

A classificação esportiva (funcional para atletas com deficiência física, visual e intelectual) acontece para enquadrar os nadadores em classes de disputa (veja sobre as classes mais abaixo).

Os atletas com menor grau de funcionalidade física podem realizar a largada de dentro da piscina, em vez de saltar. Eles podem ter auxílio de um staff que apenas os auxiliam na transferência da cadeira para o bloco ou os equilibram.

Atletas com deficiência visual são auxiliados por um guia, que toca na cabeça dele com um dispositivo conforme ele se aproxima das viradas ou do final da prova. A largada também pode ser feita na água, no caso de atletas que não conseguem sair do bloco.

Categorias

A piscina segue os padrões olímpicos e são disputadas provas de nado crawl (livre), costas, peito, borboleta e medley (prova com os quatro estilos). Elas são representadas pela letra S (swimming, natação em inglês) e variam entre 50m, 100m, 200, 400m.

  • S - nados livre, costas e borboleta
  • SB - nado peito
  • SM - nado medley

Classes

O atleta é submetido à equipe de classificação para realizar testes motores. Quanto maior a deficiência, menor o número da classe. 

  • Classes de 1 a 10 - Atletas com limitações físico-motoras
  • Classes de 11 a 13 - Atletas com deficiência visual
  • Classe 14 - Atletas com deficiência intelectual

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Natação paralímpica: curiosidades

  • As regras para a natação paralímpica são as mesmas da convencional, possuindo poucas alterações;
  • Os atletas com amputações não podem usar próteses na modalidade, apenas o corpo;
  • Nadadores com deficiências visuais utilizam óculos opacos, para assegurar a igualdade de condições na prova;
  • A natação paralímpica de Paris 2024 terá um total de 141 provas, sendo 71 no masculino, 64 no feminino e seis revezamentos mistos.

Brasil na natação paralímpica

Com 125 medalhas, a natação é a segunda modalidade brasileira com mais pódios nos Jogos Paralímpicos, atrás apenas do atletismo. Daniel Dias é o maior medalhista paralímpico brasileiro e também é o maior nadador paralímpico masculino, ele possui 26 medalhas.

Apesar do atleta não estar mais competindo, o Brasil está bem representado no esporte: o maior medalhista da delegação deste ano é Phelipe Rodrigues, nadador que já subiu no pódio 8 vezes.