Conheça os cearenses que irão disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020
O Ceará terá representantes em quatro modalidades: atletismo, tênis de mesa, natação e bocha
18:27 | Ago. 20, 2021
Cinco atletas cearenses foram convocados para competir nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que acontecerão do dia 24 de agosto a 5 de setembro. Francisco Jefferson (Atletismo), Eriton de Aquino (Atleta-guia de atletismo), Maciel de Sousa (Bocha), David Andrade (Tênis de mesa) e Edênia Nogueira (Natação), farão parte da delegação brasileira composta por 260 representantes, incluindo atletas-guia, goleiros, timoneiro e calheiros.
Será a segunda maior delegação do Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. Além dos 260 atletas — 164 homens e 96 mulheres —, há os membros da comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 434 pessoas. Apenas o Amapá, Sergipe, Roraima e Tocantins não terão representantes.
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Promessa de medalhas
Os cearenses chegam a Tóquio com boas chances de medalha. A nadadora Edênia Nogueira, natural do Crato, no Ceará, é um dos grandes destaques. A atleta é tetracampeã mundial nos 50m costas e três vezes medalhista nas paralimpíadas.
Quem também já venceu uma medalha paralímpica foi Maciel de Souza, prata nos Jogos do Rio 2016 e ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 . O atleta ainda possui dois ouros nos Jogos Parapan-Americanos.
David Andrade, do tênis de mesa, e Francisco Jefferson, do atletismo, tentam uma medalha paralímpica inédita em suas carreiras. Ambos já conquistaram o ouro em Jogos Parapan-Americanos.
Conheça os atletas:
Edênia Nogueira Garcia, 34 anos, natação (Crato-CE)
História: Edênia nasceu com doença de Charcot-Marie-Tooth, também conhecida como atrofia fibular muscular, que afetou os movimentos dos seus membros inferiores. Começou na natação por indicação médica e foi incentivada por Francisco Avelino, que estava indo
para os Jogos de Sydney 2000.
Principais conquistas: Tetracampeã mundial nos 50m costas (Mar del Plata 2002, Durban 2006, Eindhoven 2010 e Londres 2019); pentacampeã parapan-americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019); medalhista de prata nos 50m costas no Mundial do México, em 2017; prata nos 50m costas nos Jogos Paralímpicos Londres 2012; bronze nos 50m livre nos Jogos Paralímpicos de Pequim 2008; ouro nos 50m livre nos Jogos Parapan-Americanos do Rio 2007; prata nos 50m costas nos Jogos Paralímpicos de Atenas 2004.
Maciel de Souza Santos, 35 anos, bocha (Crateús-CE)
História: Maciel nasceu com paralisia cerebral e começou na bocha aos 11 anos. Três anos depois, passou a representar o país em competições internacionais.
Principais conquistas: Ouro no individual e prata por equipes nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; prata nos pares nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; ouro no individual e por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; ouro no individual nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012.
David Andrade de Freitas, 43 anos, tênis de mesa (Fortaleza-CE)
História: Após uma cirurgia, em 2004, para extrair um tumor medular que afetou seus membros inferiores, David teve que se adaptar à cadeira de rodas. Conheceu o tênis de mesa em uma competição no Ceará.
Principais conquistas: Ouro no individual e por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; prata no individual e ouro por equipes nos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara 2011.
Francisco Jefferson de Lima, 29 anos, atletismo (Pindoretama-CE)
História: Francisco nasceu com os dois pés tortos. Ouviu falar do atletismo paralímpico pela primeira vez em um ônibus, ao conhecer um atleta que ia para uma competição. Sua primeira convocação pela Seleção foi em 2010.
Principais conquistas: Ouro no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos Guadalajara 2011; ouro no lançamento de dardo no Mundial Juvenil na República Tcheca em 2010; bronze no lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
Eriton de Aquino Nascimento, 29 anos, atleta-guia (Fortaleza-CE)
História: Seu primeiro contato com o atletismo foi com 15 anos, por influência do pai. Em 2013, passou a atuar no paradesporto e no ano seguinte se tornou guia do fundista Odair Ferreira. Atualmente ele é um dos guias da maratonista Edilene Boaventura.
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