Marta elogia campanha do Brasil em Paris e confirma que não jogará Copa de 2027
Rainha do futebol feminino destaca orgulho após conquista da medalha de prata nas Olimpíadas, aprova trabalho de Arthur Elias e confirma ausência no próximo MundialNa tarde deste sábado, 10, o Brasil perdeu para os Estados Unidos por 1 a 0, no Parque dos Príncipes, e ficou com a medalha de prata no futebol feminino nas Olimpíadas de Paris. O confronto marcou a despedida de Marta dos Jogos Olímpicos.
Essa foi a sexta edição de Olimpíadas de Marta com a camisa da seleção feminina. A meio-campista é dona de três medalhas de prata (Atenas 2004, Pequim 2008 e, agora, Paris 2024). Neste momento, a Rainha é a maior medalhista do futebol brasileiro.
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Após a cerimônia do pódio, Marta exaltou bastante a campanha da seleção brasileira nos Jogos de Paris. A camisa 10 destacou que a medalha de prata devolveu o orgulho que os torcedores sentem da modalidade.
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"Agora é dar continuidade a esse trabalho, porque o mais importante que eu acredito hoje, e o que nós levamos com a gente nessas Olimpíadas, é o resgate que a gente fez, do orgulho, das pessoas falarem do futebol feminino, das pessoas começarem a acreditar mais no futebol feminino, porque, infelizmente, nas competições passadas nós não deixamos uma boa impressão. Acredito que isso foi o mais importante", declarou em entrevista à TV Globo.
"Ganhar medalha de prata é como se ficasse em segundo, mas eu acho que o que a gente precisa destacar é isso, destacar esse orgulho que a gente resgatou", apontou a atleta.
Ausência em 2027
Marta também voltou a afirmar que não disputará a Copa do Mundo feminina de 2027, que será realizada no Brasil. No ano passado, a histórica jogadora já havia mencionado que pretendia dar adeus à Canarinho no final deste ano.
"A gente está aí com a Copa do Mundo em 2027, para jogar no nosso País, e precisamos disso para manter a motivação. E essas meninas têm muito mais a oferecer. Eu não vou estar com elas dentro de campo, mas vou estar com elas de alguma forma. Acompanhando, dando meu suporte, torcendo como eu torci nos jogos passados, porque eu não pude estar presente no campo. E é isso, né? Então, acho que esse é o primordial. Que a gente comece a acreditar mais e dê mais credibilidade ao futebol feminino", disse.
Orgulho com medalha de prata
Nesta edição, a equipe chegou bastante desacreditada ao mata-mata por conta da campanha ruim na fase de grupos. O Brasil teve uma vitória e duas derrotas no Grupo C e só avançou à fase final como uma das melhores terceiras colocadas.
Na sequência, fez história. Em uma grande atuação coletiva, o time eliminou as donas da casa, a França, ao vencer por 1 a 0. Em seguida, pegou a Espanha na semifinal e aplicou uma goleada de 4 a 2 sobre as atuais campeãs do mundo, indo assim à decisão.
A seleção brasileira feminina voltou a subir no pódio de uma edição de Jogos Olímpicos após 16 anos. A última vez havia sido justamente em Pequim-2008, quando as brasileiras também acabaram perdendo para os EUA e levaram a prata.
"Foi um processo de muita confiança. Eu acredito que se a gente não tivesse dado a devida confiança ao trabalho do professor Arthur... Parece meio louco falar isso, mas às vezes ele parecia fazer umas coisas que eram meio fora do comum, mas você tem que ser diferente. Eu acho que ele veio com essa mentalidade e colocou o trabalho dele para a gente dia após dia, com muita dedicação, e as meninas abraçaram isso. Tanto é que a gente não teve desconfiança desde o primeiro jogo. Tivemos uns altos e baixos, mas não deixamos de acreditar que era possível estar aqui e jogando uma final, novamente entrando para a história e sendo medalhista olímpica", finalizou Marta.
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