Olimpíadas de Paris planejam encerramento com estrelas dos EUA

Duas semanas após a inauguração inédita no Sena, com espetáculo ousado e controverso, as expectativas são altas para o encerramento das Olimpíadas de Paris

10:48 | Ago. 07, 2024

Por: AFP
Cantora estadunidense Lady Gaga canta na área da ponte Sully antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos 2024, em Paris, no dia 26 de julho (foto: Aris MESSINIS / AFP)

Tom Cruise na cobertura do Stade de France, lendas do 'French Touch' na trilha sonora ou na espetacular passagem do bastão para Los Angeles: os artistas finalizam os detalhes da cerimônia que visa encerrar os Jogos Olímpicos em grande estilo no próximo domingo, 11.

Duas semanas depois da inauguração inédita no Sena — com um espetáculo ousado e inclusivo, mas criticado por alguns setores conservadores —, as expectativas são altas para o show de encerramento que acontecerá entre 16 h e 18h15min (horário de Brasília), no Stade de France.

Celebridades estadunidenses

Depois do brilhantismo da tão esperada cerimônia de abertura, da qual participaram grandes divas como Lady Gaga, Céline Dion e Aya Nakamura, os organizadores não podem decepcionar agora.

E para esta missão impossível, quem melhor do que Tom Cruise, o mais ousado dos astros de Hollywood? Sua presença também lhe permitiria servir de ponte entre Paris, onde filmou algumas de suas perseguições mais espetaculares, e Los Angeles.

Segundo a imprensa estadunidense, o ator poderia fazer um número espetacular que culminaria com a transferência da bandeira olímpica entre Paris e Los Angeles, incluindo sequências de vídeo filmadas nos dois lados do Atlântico.

'French Touch'

Uma das grandes incógnitas é quais outras estrelas internacionais o acompanharão no encerramento destes Jogos que atraíram aos seus estandes inúmeras celebridades, como o rapper Snoop Dogg — presença regular nas competições — ou os atores Sharon Stone e Ryan Gosling.

O performer Omar Sy, muito querido pelo público francês e radicado em Los Angeles, também é um dos nomes que ressoam.

A nível musical, o espetáculo terá banda sonora original, releituras inéditas e a participação de cantores mundialmente famosos. Segundo o jornal Le Parisien, os grupos Air e Phoenix — lendas do electro e representantes do movimento 'French Touch' — estarão presentes.

Há quem sonhe também com uma performance surpresa de Beyoncé, fervorosa torcedora da seleção estadunidense nas redes.

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Arte urbana

Além das estrelas, mais de uma centena de performers, acrobatas, dançarinos e artistas circenses prometem transformar o estádio em uma gigantesca sala de espetáculos. Haverá danças, contorções, teatro de gestos e a influência das artes urbanas.

Uma parte do espetáculo, que terá como fio condutor o breakdancer francês Arthur Cadre, decorrerá no ar, enquanto os palcos gigantes, figurinos e luzes projetam os espectadores em uma viagem entre o passado e o futuro.

Polêmica

Outra das grandes incógnitas é se o tom do espetáculo será o mesmo da cerimônia de abertura, que foi uma celebração da diversidade.

O evento bateu recordes de audiência e conquistou muitos comentaristas. Mas também suscitou críticas de autoridades religiosas e de setores conservadores e da extrema direita, desde o americano Donald Trump ao turco Recep Tayyip Erdogan, que o considerou ofensivo para a religião cristã e imoral.

Tanto Thomas Jolly como alguns dos artistas que participaram sofreram violentas campanhas de assédio na Internet, que foram condenadas pelos organizadores e pelo presidente francês Emmanuel Macron, e que agora estão sendo investigadas pela Justiça.

Protocolo

"As críticas positivas (...) foram infinitamente mais numerosas do que algumas críticas negativas", disse Thierry Reboul, diretor executivo de cerimônias da RTL. O encerramento ocorrerá "conforme planejado", acrescentou.

Além da entrega da bandeira olímpica a Los Angeles, a cerimônia incluirá outros importantes momentos protocolares:

  • a entrega das últimas medalhas;
  • o desfile dos atletas;
  • o apagamento da chama; e
  • a proclamação do encerramento dos Jogos, pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

(Por Francois Becker)