Rebeca Andrade festeja prata e mira recorde brasileiro de medalhas: "Privilegiada"

Com bronze e prata nas Olimpíadas de 2024, ginasta já soma quatro medalhas olímpicas no total, comemora novo feito e destaca equipe brasileira

Rebeca Andrade é a segunda melhor ginasta do mundo no individual geral feminino. Na tarde desta quinta-feira, 1º, a brasileira conquistou a medalha de prata para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris. Ela ficou atrás apenas da norte-americana Simone Biles, com quem disputou o primeiro lugar até o fim.

A prata conquistada na Arena Barcy, em Paris, consagrou Rebeca Andrade como a mulher brasileira mais condecorada da história dos Jogos Olímpicos. Esta foi a quarta medalha da ginasta — ela acumula um ouro e uma prata em Tóquio, e uma prata e um bronze (por equipes) até o momento em Paris.

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"É uma honra, eu me sinto privilegiada. Diante de tantas coisas que poderiam acontecer e de tantas pessoas que poderiam ter sido escolhidas, para estar aqui, eu estou aqui. Então é uma honra gigantesca fazer parte da porcentagem de mulheres que está vencendo cada vez mais. É incrível poder trazer mais um resultado para o meu esporte e para o meu País", declarou Rebeca à TV Globo.

De olho em recorde de atletas brasileiros

Rebeca Andrade ainda tem outras três finais para disputar. A brasileira brigará por mais uma medalha na final do salto, da trave (junto da compatriota Júlia Soares) e do solo. A decisão do salto acontece no próximo sábado, 3, às 11h20min (de Brasília), enquanto as finais da trave e do solo serão na segunda-feira, 5, às 7h38min e 9h23min, respectivamente.

Assim, a atleta foi questionada se vai em busca de se tornar a maior medalhista do País em Olímpiadas. Neste momento, Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, são os donos de tal marca, com cinco conquistas. "Ah, eu penso, não vou mentir não (risos). Quero estar no pódio, mas isso é consequência. Para estar lá, tenho que fazer a minha parte. Esse é o foco", destacou.

Presença da mãe na arquibancada

A medalhista de prata em Paris também comentou sobre sua mãe, que esteve presente em todas as suas apresentações nas Olimpíadas até aqui. A ginasta se disse muito orgulhosa de ter acertado tudo que queria fazer nos quatro aparelhos e ter feito bonito na frente de sua mãe.

"É muito bom, porque eu sempre quero orgulhar a minha mãe (risos). Eu sei que ela sente orgulho de mim comigo fazendo qualquer coisa, mas eu vivo a ginástica. Isso aqui é a minha vida, então ela estar me assistindo e torcendo por mim é maravilhoso. Ela é a melhor pessoa que poderia estar aqui, então me orgulho de ter feito tudo certo (risos)", afirmou.

Por fim, Rebeca ainda deu detalhes sobre a disputa sadia com as atletas de sua rotação — entre elas Simone Biles e Sunisa Lee, medalhistas de ouro e bronze, respectivamente. A brasileira destacou o espírito esportivo e disse estar aproveitando ao máximo as Olímpiadas de Paris.

"É uma briga, né, todo mundo quer vencer, todo mundo quer estar no pódio. Mas é muito legal saber que, por mais que você queira vencer, as outras também estão torcendo por você, e você também torce por elas. Acho que o esporte é isso: é levantar a pessoa que está ali do seu lado, mas também não perder o seu, estar concentrada ali no seu. Acho que o meu grupo foi sensacional, a gente se ajudou bastante na torcida e foi demais. Está sendo a primeira competição onde eu consigo assistir todas as meninas. Estou vivendo Paris, aproveitando cada momento, e está sendo demais", concluiu.

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