Judoca desistiu das Olímpiadas para não enfrentar israelense? Entenda

O judoca argelino Messaoud Redouane Dris foi desclassificado da competição dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 após falhar na pesagem.

Dris, que estava programado para enfrentar o israelense Tohar Butbul na categoria até 73 kg masculina do judô, apareceu na pesagem com 73,4 kg, ultrapassando o limite estabelecido para sua categoria e, por isso, foi eliminado da competição.

De acordo com o jornal francês i24news, o Comitê Olímpico de Israel confirmou que Butbul avança automaticamente para as oitavas de final, após a desistência de seu adversário.

"Redouane Messaoud Dris foi desclassificado. Dris, inscrito na prova masculina de até 73 kg, falhou na pesagem. Consequentemente, seu oponente Tohar Butbul vencerá a luta programada por desistência", afirmou um comunicado oficial dos organizadores dos Jogos.

Olimpíadas: judoca pode ser punido se comprovada desistência intencional?

O judoca argelino havia manifestado anteriormente sua preferência em se retirar da competição para não enfrentar o atleta israelense. Caso fique comprovado que Dris se desclassificou intencionalmente, ele poderá ser sancionado pela Federação Internacional de Judô.

Em resposta ao incidente, o Comitê Olímpico de Israel declarou: “A nossa delegação continuará a competir tendo em mente os valores olímpicos. Acreditamos que este tipo de comportamento não tem lugar no mundo do esporte.”

A Federação Internacional de Judô ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis ações disciplinares contra Dris.

Nas Olimpíadas de 2021, judoca argelino desistiu antes de luta contra israelense

Essa não é a primeira vez que um judoca argelino desiste de competir contra o israelense Tohar Butbul. Caso também ocorreu na última Olimpíada de 2020. Fethi Nourine desistiu de participar antes do início do evento, depois que o sorteio o colocou como uma possível luta contra um atleta de Israel.

Guerra Israel x Palestina

Israel prossegue com seus ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, depois de o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometer "aumentar ainda mais a pressão" militar sobre o Hamas, após mais de nove meses de guerra.

As negociações indiretas para um cessar-fogo e a libertação dos reféns nas mãos do Hamas continuam paralisadas.