Trio do atletismo consegue liminar para participar de cerimônia de abertura das Olimpíadas

Hygor Gabriel, Max Batista e Lívia Avancini também terão acesso à Vila Olímpica por credenciais, mas julgamento do caso dos atletas só irão ocorrer entre quinta-feira e domingo. No momento, eles estão fora dos Jogos Olímpicos por erro no protocolo de teste antidoping

A busca por participação nas Olimpíadas de Paris-2024 segue para o trio brasileiro do atletismo Hygor Gabriel, Max Batista e Lívia Avancini, do atletismo. Os atletas receberam nesta quarta-feira, 24, uma liminar para participar da cerimônia de abertura com o Time Brasil, que irá ocorrer nesta sexta-feira, 26, no Rio Sena, na França. 

Eles também poderão retirar as credenciais de atletas e adentrar a Vila Olímpica, mas seguem sem a presença confirmada nos Jogos Olímpicos, apesar da classificação.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Entenda o caso

Os atletas Max Batista (marcha atlética), Hygor Gabriel (revezamento 4x100m) e Lívia Avancini (arremesso de peso) cumpriram todos os critérios para conquistar a vaga olímpica, mas ficaram de fora da listagem final dos convocados pela CBAt por não terem passado por, no mínimo, três testes antidoping com um intervalo de 21 dias entre cada exame.

Por se tratar de um exame de antidoping, os atletas não poderiam ser avisados de maneira prévia sobre o teste ou se voluntariar, de modo que teriam que esperar a convocação surpresa da Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Em nota, a instituição alegou que a CBAt indicou um grupo prioritário para os testes, com um total de 102 atletas e que Max e Lívia realizaram dois exames de urina e um de sangue fora de competições, além de um teste de urina em competições.

O intervalo entre os testes é questionado pela Associação Internacional de Atletismo, conhecida como World Athletics, afirma que os testes surpresa precisariam ter ocorrido no intervalo de 21 dias entre setembro de 2023 e o último dia 4 de julho.

A CBAt tentou recorrer com a World Athletics, mas o retorno foi negativo, de modo que o último recurso possível é a Corte Arbitral de Esporte.

Na análise do advogado Marcelo Franklin, especialista em direito desportivo e doping no Brasil em entrevista ao Globo Esporte, os atletas não podem ser "punidos" por um erro que não foi executado por eles.

"Estou acionando o CAS para reverter essa injustiça praticada pela AIU/WA (Athletics Integrity Unit) contra os atletas Lívia, Max e Hygor. A própria AIU/WA poderia tê-los testado fora de competição, mas não o fez. Qual é a culpa dos atletas por não terem sido suficientemente testados fora de competição? Eles não podem se testar. Se eles não têm culpa alguma, como podem ser excluídos sumariamente dos Jogos Olímpicos, para os quais se classificaram idoneamente nas pistas?", questionou o profissional.

Na última segunda-feira, com recursos da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), eles foram para França em busca de tentar, sob recurso da Corte Arbitral do Esporte AdHoc Division — que funciona dentro das Olimpíadas e costuma julgar casos em pouco tempo —, recuperar a classificação desperdiçada.

O caso deverá ser julgado, de acordo com o Globo Esporte, entre quinta-feira e domingo. 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar