Polêmicas sobre uniformes geram desgaste às vésperas de Olimpíada, e COB tenta remediar

Ações promovidas pelo Comitê Brasileiro junto à imprensa em Paris também serviram para rebater críticas e esclarecer dúvidas

Na semana que antecede a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) intensificou as atividades voltadas à imprensa presente na capital francesa, abrindo as portas das instalações e convidando os jornalistas para conhecer toda a operação.

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No entanto, ainda que seja importante promover a logística pensada e executada em pontos como a Vila dos Atletas e o Chateaux de Saint-Ouen, por exemplo, um objetivo importante e claro foi “limpar a barra” do COB em meio a algumas polêmicas sobre os uniformes.

No tour realizado nesta quarta-feira, 24, pela Base do Time Brasil, o fim foi o mesmo da visita promovida no dia anterior na Vila Olímpica: o detalhamento sobre a operação de entrega dos uniformes reforçando algumas etapas do processo.

“Não é Paris Fashion Week, são os Jogos Olímpicos”, declarou o presidente do COB, Paulo Wanderley, ao garantir que o foco da entidade estava nas competições.

Mais cedo, durante a visita, ao detalhar os feitos do Comitê, era comum ouvir alguns comentários com uma pitada de sarcasmo por parte de funcionários fazendo referência aos episódios dos últimos dias, como a crítica aberta do atleta pernambucano Fernando Ferreira, mais conhecido como Balotelli, e a reação popular às postagens de algumas atletas do vôlei feminino, quando receberam seus kits de viagem.

“Todo início de ciclo olímpico, o COB chama as confederações, apresenta seu fornecedor de materiais esportivos e pergunta se tem interesse em receber estes itens. Algumas confederações, por ter contato direto com outras empresas e também pensando na contrapartida financeira, decidem recusar o material do COB e fazer seus próprios. Agora, às vésperas das Olímpiadas, o problema recai sobre a gente”, lamentou, em tom de revolta e em off, uma integrante da equipe.

“A gente tem consciência da qualidade do material que estamos oferecendo, que vai proporcionar conforto aos atletas e orgulho de vestir esse uniforme. A gente vê esse debate antes do início das competições como natural. Tem gente que gosta, tem gente que não gosta. Nas redes sociais, cabem todas elas”, ponderou o ex-atleta do judô, campeão olímpico e atual chefe de missão, Rogério Sampaio.

“Explica para eles como sabemos o tamanho de cada atleta”, pediu uma outra funcionária do próprio comitê à líder de uniformes, Katherine Campos. A necessidade deste esclarecimento surge após outra polêmica ter surgido após desabafo de Izabela Rodrigues da Silva, atual campeã pan-americana e finalista em Tóquio-2020 no lançamento de disco, ter relatado o recebimento de uniformes masculinos, por falta de opções tamanho G feminino.

“Toda nossa operação é baseada nas informações do sistema, um trabalho em conjunto do COB com as confederações. Os chefes de equipe precisam atualizar o cadastro de seus atletas, informando e atualizando os tamanhos e as medidas de cada um dos competidores”, explicou Katherine, garantindo que há tamanhos até 4G nos uniformes femininos e 6G no masculino, tendo ainda uma opção de ajuste com duas costureiras de plantão nas instalações brasileiras em Paris.

*Correspondente do O POVO nas Olimpíadas de Paris-2024

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