Uniforme do Brasil nas Olimpíadas: quem fez e por que causou polêmica

Comitê Olímpico Brasileiro já escolheu como serão os uniformes dos atletas para as cerimônias das Olimpíadas 2024; entenda o que causou insatisfação

Com as Olimpíadas de Paris marcadas para acontecer já nesta semana, atletas e torcedores brasileiros ficaram insatisfeitos após a divulgação dos uniformes do Time Brasil e alegaram que, além de acharem os trajes indignos, alguns atletas não receberam o material adequado à quantidade de provas.

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Olimpíadas 2024: quem fez o uniforme do Brasil?

Os trajes para as Cerimônias de Abertura e Encerramento foram desenhados e confeccionados pela Riachuelo, que é uma rede brasileira de lojas pertencente ao Grupo Guararapes Confecções. Ela também desenhou as roupas de viagem da delegação brasileira.

Além da loja de moda rápida, a chinesa Peak, que é a fornecedora oficial do COB, fez parte da confecção dos trajes que serão utilizados na Vila Olímpica, dos uniformes de pódio e dos atletas filiados a confederações que ainda não possuem um fornecedor próprio.

Sobre os materiais esportivos, o atleta do decatlo José Fernando Ferreira, conhecido como Balotelli, afirmou não ter recebido um material adequado à quantidade de provas que disputa, além de ter que bancar sete pares de sapatilhas do próprio bolso.

"Vocês não têm ideia do quanto foi brochante receber o material da seleção. Sempre achei que, na Olimpíada, receberíamos uma mala de materiais, com tênis, roupas e sapatilhas, mas parece que não é bem assim para nós", escreveu Ferreira, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter).

Olimpíadas 2024: críticas e comparação com uniformes de outros países

A crítica mais recebida sobre as roupas confeccionadas para representar o Brasil nas Olimpíadas é que são muito simples se comparadas aos uniformes de outras delegações, como os da Itália, por exemplo, que foram elaborados pela marca italiana de alto luxo Emporio Armani.

Além das reclamações de internautas nas redes sociais, muitos atletas ficaram insatisfeitos com o estilo e combinações das roupas. Uma delas foi a campeã olímpica e ex-jogadora de vôlei, Márcia Fu, que reprovou a escolha dos trajes, disse que não representa o Brasil e que as atletas merecem algo melhor.

“O que é isso aqui? Isso é do Brasil? Como assim? Gente, isso não é do Brasil, não, estão mentindo. Esse negocinho jeans…Que blusa é essa aqui embaixo? Bem de crente. Ai, desculpe, eu não podia ter falado, mas eu falei. Não gostei. Péssimo gosto. Me ajuda aí, colega, uma porcaria. Me ajuda que está danado esse uniforme do Brasil. Eu acho que as meninas mereciam coisa melhor. A nossa delegação merecia, com certeza, coisa melhor. Para, cortar esse do Brasil. Horrível”, finalizou a medalhista olímpica.

Uniforme do Brasil nas Olimpíadas: o que disseram o Ministério do Esporte e o COB

Nessa segunda-feira, 22, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o Ministério do Esporte foram às redes sociais para se pronunciar sobre as reclamações feitas nos últimos dias sobre os uniformes do Brasil para as Olimpíadas.

Confira nota na íntegra:

“É falsa a informação que o Ministério do Esporte (Mesp) seja responsável por confeccionar e fornecer kits de uniforme e equipamentos para a delegação brasileira que irá competir nos Jogos Olímpicos de Paris. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) provê as roupas de viagens, desfile, cerimônia de abertura e dia a dia na Vila Olímpica para todos os atletas brasileiros.

O COB também oferece os uniformes de treinos e competições das delegações de boxe, remo, levantamento de peso, tiro com arco, pentatlo moderno e canoagem. Já as vestimentas das demais modalidades ficam a cargo das confederações de cada esporte.

O apoio do Mesp se dá por meio do Bolsa Atleta, um programa contínuo de apoio financeiro mensal, que nesta edição das olimpíadas, contempla 88% dos 276 atletas classificados. Somente em 2024, são mais de 9 mil esportistas beneficiados pelo Governo Federal.

O Bolsa Atleta, considerado o maior programa de incentivo esportivo do mundo, acaba de completar 20 anos e neste mês passou por reajuste de 10,86%, depois de 14 anos com valores congelados.

Desde sua criação o programa já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em mais de 37 mil atletas nacionais. As categorias partem de Atleta Base até Atleta Pódio, com bolsa de até R$ 16 mil por mês.

O Ministério reitera que se mantém comprometido em apoiar e promover o desenvolvimento esportivo e a participação dos atletas brasileiros, concentrando suas principais ações em áreas diretamente ligadas ao incentivo e ao suporte ao esporte nacional.”

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