Conheça o breaking, novidade nas Olimpíadas de Paris 2024

O breaking olímpico terá 32 competidores e fará sua estreia nos dias 9 e 10 de agosto, com as categorias femininas e masculinas. Brasil não terá representantes na modalidade

Foi misturando movimentos acrobáticos e um estilo único de dança que o breaking nasceu, na década de 1970, nos Estados Unidos, e cresceu nos anos 1990, juntando-se aos DJ’s, grafite e MC’s nas disciplinas originais da cultura do hip-hop. Em 2024, a dança urbana será a grande novidade entre as modalidades das Olimpíadas de Paris.

Com objetivo de atrair o público jovem, o breaking foi confirmado para os Jogos Olímpicos ainda em 2020, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), e terá 32 competidores — sendo 16 homens e 16 mulheres. Em sua estreia no evento esportivo, o breaking não terá nenhum representante brasileiro.

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As competições serão na Praça da Concórdia, nos dias 9 e 10 de agosto, com as categorias femininas e masculinas, respectivamente. Apesar de ser novidade em Paris, o breaking já marcou presença nos Jogos Olímpicos da Juventude de Buenos Aires, em 2018.

Como vai funcionar o breaking olímpico

Experiente e multicampeão na modalidade, o cearense Cleiton Verçosa, também conhecido como B-boy Till, explicou, em entrevista ao O POVO, como funcionam as regras nas batalhas de breaking, podendo ser disputadas em conjunto ou individualmente.

Separados em grupos de quatro competidores, os 16 breakers disputarão entre si na fase inicial, avançando os dois melhores de cada chave para a fase eliminatória. Nesta etapa, um chaveamento olímpico será feito, colocando os melhores contra os piores colocados da fase anterior.

Para o breaking olímpico, o modelo adotado será o individual e os critérios a serem considerados são técnica, vocabulário, execução, musicalidade e originalidade.

“Se você utiliza todos esses critérios, você vai ganhar uma pontuação em cada. Vai ser calculada e aparecer na tela a pontuação. Então, quando a gente sabe desses pré-requisitos de julgamento, eu já vou treinar tudo isso para tentar fazer a maior pontuação possível”, contou o B-boy Till, que já foi campeão nacional de breaking.

Sonho antigo e falta de representante brasileiro nas Olimpíadas

A presença do breaking no evento esportivo foi algo bastante comemorado por Till, que afirma que a adesão do esporte à programação olímpica era um desejo antigo.

“O breaking sempre esteve em cena, desde 1975, e as Olimpíadas vieram para agregar. Era algo que já vinha sendo estudado anteriormente, até mesmo porque nós, B-boys e B-girls, já somos atletas, justamente pela nossa condição física para praticar o breaking, que requer muito movimento e esforço físico”, pontuou o cearense.

Till relembrou que tentou fazer a inscrição para ser parte da seleção brasileira de breaking, mas a falta de recursos adiou o sonho olímpico. Para ele, a falta de investimento nos profissionais do esporte é um dos principais desafios.

“Eu vejo que a ausência de um patrocinador, de um investimento financeiro para a gente, além de nos prejudicar pessoalmente, prejudica a cena aqui em Fortaleza, no Estado do Ceará ou até mesmo do Brasil”, afirmou o B-boy.

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