Olimpíadas de Tóquio: conheça os cearenses que disputam medalhas nos jogos

Dez atletas cearenses fazem parte da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Tóquio; Estado tem quatro melhadas em Olimpíadas desde 2000, todas no vôlei de praia

10:49 | Jul. 23, 2021

Por: Bemfica de Oliva
Surfista cearense Silvana Lima é um dos destaques da delegação brasileira em Tóquio; atleta é considerada a melhor da história do Brasil no esporte (foto: Divulgação/Rede do Esporte)

Dez atletas cearenses ou radicados no Estado fazem parte da delegação brasileira na Olimpíada de Tóquio. Divididos em nove modalidades, eles disputam medalhas nas competições, cuja abertura acontece na manhã desta sexta-feira, 23.

O POVO reuniu os perfis dos cearenses que disputarão em Tóquio. Confira abaixo.

Atletismo

Ana Cláudia Lemos - revezamento 4 x 100 metros

A corredora já foi recordista dos 200 metros rasos no Brasil e na América do Sul, além de ter integrado o time que ganhou o Sul-Americano de atletismo no revezamento 4 x 100 metros, categoria na qual irá competir em Tóquio. Ela nasceu em Jaguaretama, na região de Jaguaribe.

Laila Ferrer - arremesso de dardo

Nascida em Pacatuba - em Sergipe, apesar de haver uma cidade homônima no Ceará -, Laila é radicada em Fortaleza, onde cursou Educação Física e, aos 25 anos, começou no arremesso de dardo. Em maio deste ano, ela levou o ouro no Sul-Americano de atletismo.

Handebol

Adriana de Castro

Adriana é natural de Fortaleza, e atualmente joga no Balonmano Bera Bera, da Espanha. Ela é ponta-direita na seleção nacional de handebol.

Hipismo

Marlon Zanotelli - saltos

Nascido em Imperatriz (MA), Marlon viveu dos seis aos 18 anos no Ceará. Morando atualmente na Bélgica, é campeão Pan-Americano da categoria e sétimo melhor cavaleiro do mundo pela Federação Equestre Internacional (FEI).

Natação

Luiz Altamir - revezamento 4 x 200 metros

Nascido em Boa Vista (RR), Luiz Altamir é radicado em Fortaleza. Com ouros no Pan-Americano de 2019 e no Mundial de 2018, no revezamento 4 x 200 metros, ele competirá na mesma modalidade em Tóquio.

Surfe

Silvana Lima

Natural de Paracuru, Silvana Lima começou no surfe aos sete anos, motivada pelos irmãos, que já praticavam o esporte. Em 2020, votação de jornalistas especializados, promovida pelo jornal O Globo, apontou Silvana como a maior surfista da história do Brasil.

Leia no O POVO + | "O surfe foi a minha melhor escolha", diz Silvana Lima, cearense garantida nas Olimpíadas

Tênis

Thiago monteiro

Morando atualmente em Buenos Aires, Thiago Monteiro nasceu em Fortaleza, em 1994. Chegou a ser o segundo melhor tenista do mundo, e melhor do Brasil, em ambos os casos na categoria juvenil. Ele competirá nas modalidades individual e em dupla.

Triatlo

Vittoria Lopes

Filha da nadadora Hedla Lopes, Vittoria tem uma prata individual e um ouro no revezamento misto, nos Jogos Pan-Americanos de 2019. Em Tóquio, competirá nas mesmas categorias.

Manoel Messias

Manoel Messias se qualificou para os jogos de Tóquio ao levar a prata na Copa do Mundo de triatlo, na etapa do México. Ele compete nas categorias individual e revezamento misto.

Vôlei de praia

Rebecca Cavalcante

Natural de Fortaleza, Rebecca teve carreira no vôlei de quadra antes de passar à modalidade disputada na areia. Na bagagem para Tóquio, leva um ouro nos Jogos Sul-Americanos e um bronze no Circuito Mundial de Volêi de Praia, ambos em 2019. Com a dupla Ana Patrícia, ela estreia no dia 25 contra o Marrocos.

Ceará tem três medalhistas olímpicos, com quatro pódios

Historicamente, a modalidade em que o Ceará tem destaque nos Jogos Olímpicos é o vôlei de praia. São quatro medalhas do Estado neste esporte, com três atletas.

Um dos maiores nomes da modalidade é Shelda Bedê, que em dupla com a carioca Adriana Behar teve mais de mil vitórias. Em Sydney (2000) e Atenas (2004), elas conquistaram duas medalhas de prata.

Márcio Araújo, em Pequim (2008), também tem uma prata olímpica. Ele perdeu a final, com o parceiro Fábio Luiz, para a dupla estadunidense Roger e Dalhausser.

Por fim, a dupla Larissa França e Juliana Silva, apesar de não nascidas no Ceará, fizeram carreira no Estado. Elas participaram em Pequim, em 2008, ficando em quinto lugar: uma lesão tirou Juliana do torneio e, com uma parceria improvisada com Ana Paula, Larissa não conseguiu um avanço maior na competição. Em Londres (2012), porém, elas chegaram às seminifinais, perdendo para as estadunidenses Kessy e Ross. Na disputa do terceiro lugar, levaram o bronze em cima de Xue e Zhang, da China.