Conheça Naomi Osaka, tenista japonesa destaque na Abertura das Olimpíadas

A tenista foi protagonista na abertura dos jogos de Tóquio após acender a pira olímpica. Além de ser a primeira japonesa a conquistar um Grand Slan, ela traz força para pautas como racismo e depressão

21:58 | Jul. 23, 2021

Por: Nadine Lima
A tenista japonesa Naomi Osaka, de 23 anos, foi escolhida para acender a pira olímpica nas Olimpíadas de Tóquio (foto: HANNAH MCKAY/ POOL/ AFP)

Protagonizando o momento mais emblemático da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Tóquio, a tenista japonesa, Naomi Osaka, de 23 anos, foi a escolhida para acender a pira olímpica. Considerada uma das atletas mais populares do evento esportivo, ela foi a primeira japonesa a conquistar um Grand Slam de tênis e também é conhecida por sempre estar envolvida em questões sociais como a desigualdade racial e a saúde mental.

“Sem dúvidas é a maior conquista atlética e a maior honra que eu terei em toda minha vida. Não tenho palavras para descrever o que sinto agora, mas sei que estou carregada de gratidão e agradecimentos. Amo todos vocês, obrigada”, disse a atleta em seu Instagram após a abertura das olimpíadas.

Sua participação já fez história e marca a importância da representatividade, principalmente pelo preconceito sofrido por Naomi. Negra e filha de imigrantes, ela já teve sua identidade nipônica questionada diversas vezes por suas características fugirem do padrão asiático em um país que não trata negros como japoneses. Além do fato de ter migrado para os Estados Unidos aos três anos, onde vive até hoje. Apesar disso, a tenista escolheu representar seu país de origem nos jogos de Tóquio.

A atleta começou a ganhar destaque aos 16 anos e, apesar da pouca idade, ela já é considerada a tenista número dois no ranking mundial de tênis. No ano passado, ela venceu o Prêmio Laureus, considerado o Oscar do esporte, na categoria mais importante, “Esportista de 2020”. No mesmo ano, ela também se tornou a atleta mais bem paga do mundo com o faturamento de US$ 55 milhões.

Com sua forte veia ativista, durante o torneio US Open de 2020, onde conquistou ouro, Naomi usou diferentes máscaras com os nomes das vítimas de racismo nos Estados Unidos, além de já ter paralisado um torneio nos Estados Unidos para protestar contra a violência policial direcionada a negros.

Envolvida também nas questões de saúde mental, a atleta já expôs que sofre de depressão desde 2018 e até abandonou o último torneio de Roland Garros, na França, após ser multada por se recusar a participar de entrevistas coletivas que geravam crises de ansiedade para a tenista.

“Embora a imprensa do tênis sempre tenha sido gentil comigo, eu tenho grandes ondas de ansiedade antes de falar para a mídia internacional", publicou em seu Instagram no dia 31 de maio. Afastada das quadras de tênis desde maio, a abertura das olimpíadas também marca a sua volta.

A representatividade e inspiração que Naomi proporciona é tão importante, que vale destacar que além de seu destaque esportivo e social, somente em julho ela já foi capa da revista Vogue Hong Kong, lançou um documentário na Netflix e ganhou até uma boneca Barbie.

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