Fisiculturismo na infância: veja o que os especialistas falam sobre

Fisiculturismo na infância: veja o que os especialistas falam sobre

O fisiculturismo cresce mundialmente e atrai jovens atletas. Com novas categorias e desafios, a prática na infância gera debates sobre benefícios e cuidados

Cada vez mais influenciadores e atletas têm ganhado reconhecimento e incentivado a entrada de novos adeptos no fisiculturismo. Inclusive, o esporte ganhou novas categorias, como a chamada “Kids”, focada em jovens fisiculturistas.

No Ceará, um dos principais torneios privados, o Armageddon, já contava com a categoria Kids desde sua estreia, em 2021. Nela, jovens atletas que tinham — ou ainda têm — o desejo de obter sucesso em competições podem sonhar em se tornar um "novo Ramon Dino".

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Fisiculturismo no Ceará: CONHEÇA atletas que são destaque no esporte

Saiba mais sobre a entrada de crianças e adolescentes no fisiculturismo.

Fisiculturismo na infância: referências na atualidade

O Brasil tem vivenciado o fisiculturismo como um esporte em ascensão, atraindo novos simpatizantes. O já citado Ramon Dino, durante a "Copa do Mundo" da modalidade, o Mr. Olympia, conquistou uma quantidade expressiva de torcedores.

Em 2023, em um dos momentos mais marcantes do esporte no Brasil, o atleta natural do Acre se preparava para competir contra seu principal rival, Chris Bumstead (CBum), na categoria Classic Physique. Como resultado, seu nome esteve entre os assuntos mais comentados do X, antigo Twitter.

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Apesar de não haver uma transmissão brasileira oficial do torneio na época, o Olympia de 2023 contornou com o "react" do influenciador Renato Cariani, considerado um dos maiores nomes do fisiculturismo no País. Sua ocorrência, mesmo sem exibir imagens da competição, atraiu cerca de 400 mil telespectadores.

Dessa forma, além dos nomes já citados, outros como Júlio Balestrin, Toguro e Léo Stronda se destacam na expansão do esporte e na chegada de entusiastas. Muitos desses, inclusive, ainda sequer atingiram a maioridade.

Fisiculturismo na infância: aspectos positivos e cuidados

Com o crescimento do esporte, a busca por informações sobre os cuidados necessários para a entrada precoce no fisiculturismo tem se tornado cada vez mais comum, especialmente entre jovens de 12 a 14 anos.

A endocrinologista pediátrica Izabella Tamira explica que não há uma idade mínima para iniciar atividades físicas.

“O esporte deve fazer parte da rotina da criança desde cedo, pois traz benefícios consideráveis, como o crescimento saudável, a prevenção da obesidade, o estímulo à socialização e o desenvolvimento da disciplina”, afirma.

No entanto, a médica ressalta a importância de considerar a faixa etária ao praticar qualquer modalidade esportiva:

“Para crianças menores de 6 anos, o ideal é que a atividade tenha um caráter lúdico e recreativo, sem cobranças de alto rendimento”.

Desta forma, o treinamento de um jovem fisiculturista deve ser ajustado para padrões de seu desenvolvimento físico e emocional.

Izabella também recomenda o acompanhamento de um profissional de educação física com experiência no trabalho com crianças, além de visitas regulares ao pediatra.

Fisiculturismo na infância: suplementação

Outro ponto relevante no mundo do fisiculturismo é o uso de suplementação alimentar para auxiliar os atletas em sua rotina. No caso dos jovens praticantes, a endocrinologista alerta que esse tipo de recurso só deve ser considerado em casos de real necessidade e sempre com indicação médica.

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“A suplementação deve ser avaliada individualmente para evitar riscos à saúde. O mais importante é que a atividade física seja prazerosa e sustentável ao longo da vida, garantindo benefícios a curto e longo prazo”, conclui.

Fisiculturismo na infância: 'pequenos atletas' já têm rotina de gigante

Além do Brasil, diversos países têm popularizado o fisiculturismo infantil, tornando-o uma verdadeira "febre mundial". Anteriormente, os destaques se concentraram em países da Europa e nos Estados Unidos.

Agora, a tendência ganha força globalmente. Um dos principais nomes do fisiculturismo asiático é o jovem Athanasius Lee, de Cingapura: aos 15 anos, já acumula mais de 700 mil seguidores no Instagram.

Athanasius, ou Athy, começou a levantar peso em casa aos 12 anos, inspirado por influenciadores do fisiculturismo como Jesse James West, um personal trainer e influenciador dos EUA.

“Parecia que eles estavam se divertindo, e eu queria experimentar”, disse Athy em entrevista ao Channel News Asia. “Lembro-me da primeira vez que levantei pesos; passei quatro horas assistindo ao YouTube enquanto fazia exercícios de bíceps”, explicou.

Seus pais apoiaram a rotina de treinos, pois ele lutou contra a dislexia e o fisiculturismo ajudou a melhorar sua disciplina e sua autoconfiança.

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No Instagram, Athy mostra duas de suas maiores conquistas: a medalha de ouro no 1º lugar na musculação adolescente e a prata na categoria de novatos. Os pódios aconteceram no WNBF Singapore, um dos principais campeonatos do país.

Fisiculturismo na infância: competição no Ceará

Os atletas do Nordeste também são recorrentes em competições. O popular campeonato de fisiculturismo Armageddon Championship trouxe a categoria Kids, inspirada na influência da Federação Internacional de Fisiculturismo & Fitness (IFBB), como explica o fundador do evento, Leandro Lopes.

"A IFBB perdeu força em alguns territórios, e a categoria Kids desapareceu. Como tenho uma história de amor e superação com o fisiculturismo, após o nascimento da minha filha, ela espontaneamente seguiu esse mesmo caminho. Dessa forma, criei a categoria Kids", revela.

Competição gratuita com a intenção de introduzir crianças ao esporte

Lopes explica que, para promover a entrada de novos atletas no esporte, a participação no evento na categoria Kids é gratuita, incluindo as fotos no palco.

Ele destaca que a categoria Kids segue um padrão básico, sem a exigência de roupas curtas ou poses sensuais. O foco principal está na desenvoltura das crianças durante o desfile no palco.

“A intenção é mostrar que o esporte é acessível para as crianças. Nosso evento é para toda a família, incluindo os idosos, por meio da categoria Master, e as crianças, que também podem se apresentar no palco”, afirma.


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