Mini-Schwarzenegger: ex-fisiculturista revela abusos do pai na infância
Richard Sandrak, ex-Pequeno Hércules, chocou o mundo com sua força na infância, mas revelou que sua vida foi marcada por abusos e exploração familiar
Circulam na web imagens impressionantes de uma criança fisiculturista. Richard Sandrak, hoje com 32 anos, foi apelidado de Pequeno Hércules ou Mini-Schwarzenegger na infância. Sua história envolve uma família problemática.
Aos 8 anos, seu incrível porte físico chamou a atenção do mundo no início dos anos 2000 e rendeu produções audiovisuais, tornando-o uma celebridade como a “criança mais forte do mundo”.
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Em uma entrevista viral ao jornal britânico Metro, 25 anos após seu sucesso, o agora irreconhecível ex-fisiculturista revelou que sua infância, aparentemente promissora, foi marcada por abuso e manipulação.
'Mini-Schwarzenegger': fama do ex-fisiculturista Richard Sandrak
Filho do campeão mundial de artes marciais Pavel Sandrak e da estrela da aeróbica Lena Sandrak, Richard causou impacto pela primeira vez em 2000, quando seus pais revelaram que ele tinha um físico incomum para a idade.
Durante a infância, Richard seguiu um regime rigoroso de exercícios porque “queria participar” dos treinos do pai, que envolviam até 600 flexões e abdominais por dia, além de 300 agachamentos.
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O mundo ficou boquiaberto ao conhecer o jovem musculoso, que ostentava um abdômen definido e músculos impressionantes nos braços e pernas.
Ele ganhou o apelido de Mini-Schwarzenegger por conseguir levantar incríveis 95 kg no supino ainda criança. Três anos depois, Richard foi coroado como o Menino Mais Forte do Mundo e ficou ainda mais musculoso ao entrar na juventude.
'Mini-Schwarzenegger': o ex-fisiculturista Richard Sandrak e as polêmicas e críticas
Após o lançamento de um documentário sobre Richard, seus pais foram duramente criticados. Muitos consideraram cruel e antiético submetê-lo a um regime de treinamento tão intenso.
De acordo com o Men’s Journal, ter um nível de gordura corporal tão baixo pode resultar em sérios problemas de saúde, como baixa imunidade e maior risco de doenças cardíacas.
O fisiculturista austríaco Andreas Munzer, que morreu aos 31 anos, continua sendo um exemplo de alerta para qualquer atleta que busca extrema definição muscular. Após sua morte, uma autópsia revelou que ele tinha zero por cento de gordura corporal.
Na época, alguns especialistas afirmaram que uma criança da idade de Richard não produziria testosterona suficiente para alcançar tal desenvolvimento muscular naturalmente.
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Houve suspeitas de que ele poderia estar usando esteroides, algo extremamente perigoso para crianças. No entanto, sua mãe negou todas as alegações.
'Mini-Schwarzenegger': ex-fisiculturista Richard Sandrak revela abusos na infância
Em 2015, Richard concedeu uma entrevista à Inside Edition para atualizar os fãs sobre sua vida. “Eu não levanto mais pesos”, disse ele. "As pessoas tentavam me fazer parecer uma aberração da natureza. Há muitas crianças com um físico parecido", afirmou.
Recentemente, em entrevista a um jornal britânico, ele revelou que todo o treinamento que, na época, era admirado até por ícones do esporte, na verdade, era fruto de abuso e exploração.
"Quando as pessoas falam sobre uma memória de infância, geralmente associam a algo positivo. Eu não consigo me identificar”, confessou. “Para mim, era algo diário, onde eu era abusado física e emocionalmente pelo meu pai”.
O jovem fisiculturista foi até forçado a fazer agachamentos enquanto assistia TV. Para piorar, ele revelou que nem sequer escolheu o fisiculturismo como carreira — foi "fisicamente espancado" para seguir esse caminho.
A mudança veio em 2003, quando seu pai foi preso e deportado para a Ucrânia após agredir violentamente sua mãe, Lena. A ausência paterna foi transformadora para Richard, que finalmente pôde trilhar seu próprio caminho.
'Mini-Schwarzenegger': mudança no estilo de vida do ex-fisiculturista Richard Sandrak
Infelizmente, devido à criação rigorosa que teve, Richard se viu “socialmente inepto e incapaz de se comunicar adequadamente” com seus colegas, sentindo-se deslocado.
Ele acabou recorrendo ao álcool, algo que parecia normal para ele, já que havia experimentado sua primeira bebida aos 9 anos e cresceu exposto ao estilo de vida de uma estrela infantil em Los Angeles. “Eu festejava muito e, em tudo o que fazia, sempre havia álcool por perto”, relatou.
Atualmente, embora continue em boa forma, Richard prefere exercícios aeróbicos e skate em vez do fisiculturismo. A antiga sensação infantil leva uma vida tranquila como gerente de varejo em Los Angeles, onde mora com sua namorada, que é advogada, e seus dois gatos.
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