Lutador cearense Marney Max nocauteia rival em 10 segundos no Shooto Brasil

"Lutar e acreditar", comemorou Marney Max nas redes sociais após a luta diante de Steferson da Silva

O Estado do Ceará se destacou nos ringues neste último fim de semana. Em estreia no Shooto Brasil 126, o cearense Marney Max venceu Esteferson da Silva em luta de peso casado até 74,8kg nos primeiros segundos do round inicial com um nocaute brutal. O embate ocorreu na última sexta-feira, 13, no Rio de Janeiro.

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Após a luta, Max celebrou o resultado nas redes sociais. “Não basta sonhar, você tem que correr atrás sem esperar por ninguém, lutar e acreditar”, escreveu o paratleta.

Na luta, ele não deu vida fácil ao adversário, a quem pressionou desde os segundos iniciais. Após aplicar um chute alto e um golpe de direita, ele ganhou a confiança para aplicar um cruzado vendo Esteferson fragilizado e nocauteou o oponente ainda no primeiro round.

O triunfo marcou não somente seu retorno aos ringues de MMA após 2 anos e 9 meses, mas também sua terceira vitória consecutiva. No geral, agora Max contabiliza seis triunfos e quatro reveses no cartel profissional.

Conheça Marney Max

Multicampeão estadual, nacional e internacionalmente, Marney Max tem uma condição que, em vez invés de ser tratada como obstáculo, o alçou ainda mais alto no mundo das artes marciais. Para praticar e colecionar medalhas no jiu-jitsu, ele lida com uma má formação congênita que o fez crescer sem uma parte do braço esquerdo.

Tendo sofrido com o bullying e a baixa autoestima devido à deficiência, Marney conheceu, ainda na adolescência, o que seria a sua mudança de vida e a porta de entrada para o seu começo nas artes marciais: o kung-fu.

“Um dia eu vi o Paulo Bahia, conhecido como Júnior Coca, praticando e achei aquilo sensacional”, contou ao O POVO em entrevista recente, lembrando do amigo e inspiração para entrar no mundo da luta.

A partir daquele dia, o fortalezense procurou uma academia em que pudesse praticar e entrou de vez no esporte, tendo disputado e ganhado sua primeira medalha aos 14 anos, com ajuda justamente daquele em que se espelhava.

“Foi ele (Júnior Coca) quem pagou a minha inscrição no meu primeiro campeonato, um Campeonato Cearense, lá em 2007. Me lembro também de uma vez que ele penhorou uma calculadora científica para poder pagar uma mensalidade minha na academia de luta. Então, eu sou muito grato a ele por ter me incentivado e me incentivar até hoje”, lembrou Marney.

Vinte e dois anos após começar nas artes marciais, Marney Max hoje é faixa preta em jiu-jitsu, muay thay e kickboxing. (Com João Vitor Umbelino/Especial para O POVO)

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