"Crianças Espetaculares", série de Fernando Fernandes, estreia com jovem fera cearense
O paulista de 43 anos, que atualmente mora na Taíba, conversou de forma exclusiva com o Esportes O POVO, antes da estreia de série no "Esporte Espetacular", da Rede GloboNecessidade de contribuir na formação de crianças que sonham em viver do esporte. Dar esperança a sonho que, às vezes, por fatores terceiros, acabam sendo deixados de lado. Foi com essa linha de pensamento que o paratleta e apresentador Fernando Fernandes, um dos nomes mais influentes no esporte, executou a série "Crianças Espetaculares", que estreia neste domingo, 10, no "Esporte Espetacular", da Rede Globo.
O paulista de 43 anos, que se apaixonou pelo Ceará, e agora mora na Praia da Taíba (em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza), revela, de forma exclusiva ao Esportes O POVO, que a série surgiu para dar vazão aos sonhos infantis.
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"Eu senti que, nesse momento, como comunicador, que já falou tanto de capacidade, potência, quebrar limites, paradigmas, eu precisava de um projeto para alimentar essa criançada que tinha o mesmo sonho que eu na idade deles."
"Foi então que pensei que precisava realizar esse projeto do 'Crianças Espetaculares'. Isso nada mais é que meu sonho. Esse projeto é um sonho de alimentar esse molecada, dar voz. No momento que estamos desacreditando do esporte... Eu pensei que, como educador, eu precisava mostrar isso. Foi assim que surgiu essa série, onde trazemos os desejos, não só da criança, mas dos pais, da família. Essa oportunidade é, também, da família", conta Fernando, que é tetracampeão mundial de paracanoagem e participou do BBB 2.
No primeiro episódio, o foco é o cearense Saymon Rocha, campeão brasileiro de surfe na categoria sub-12. Fernando detalha a rotina do menino, que mesmo jovem já tem dentro de casa o incentivo ao esporte.
"Começamos com o Saymon que é um moleque do Ceará, da Leste-Oeste, campeão brasileiro, ele acabou de se consagrar, com apenas 12 anos. Foi muito legal ter começado com ele", celebra o apresentador.
"Ele tem o apoio da família toda. Eles vivem só para isso, são altamente dedicados à vida dele. O pai tentou ser surfista profissional e não conseguiu. O irmão é, mas ainda tenta se notabilizar no cenário e a mãe que vive em torno dele. Para comer bem, estudar, para não somente se tornar um atleta fisicamente bem, mas em todos os aspectos", conclui.
Felicidade, sonho e esperança: retorno positivo do projeto
Fernando Fernandes idealizou o "Crianças Espetaculares" de uma forma, mas a prática, segundo ele, saiu melhor do que esperava. "Quando a gente ver o retorno que ele irá gerar, vai ser melhor ainda. Mas, eu acho que consegui trazer os olhares que eu queria trazer de cada criança que pude registrar", pontua.
Além de Saymon, já citado, o apresentador conta a história de dois jovens promissores: Luquinhas, na vela, e Lorrane, na canoagem.
"Tem o Luquinhas, que o pai corre atrás, enquanto a mãe fica trabalhando. São realidades completamente diferentes. A Lorrane, que está se tornando um atleta de ponta da canoagem brasileira e teve que ir em busca do sonho sozinha", enumera.
"São realidades diferentes, cada um tem que correr da sua forma, mas é legal mostrar como cada um tem suas dificuldades para conseguir conquistar. A série tem essa brasilidade, do brasileiro 'se virar' para fazer acontecer, não tem aquela estrutura formatada dos Estados Unidos. Aqui é cada um fazendo seu corre e tentando seu espaço no mundo", enfatiza.
Bastidores que fizeram valer a pena
Ao O POVO, Fernando Fernandes revelou ainda bastidores dos momentos que aconteciam durante o período de gravação, como um atleta olímpico que ligou para Lorrane. "Cada um teve o seu momento, mas com a Lorrane, quando ela recebeu a mensagem de um atleta medalhista olímpico, o Erlon Erlon Silva é um canoísta baiano e foi prata na C-2 1000 na Rio-2016, ao lado de Isaquías Queiroz , que é da cidade dela".
"Quando você está com o Saymon e vê onde ele mora. O Luquinhas, de apenas 7 anos, velejando naquele mar aberto, ele some no meio das ondas. Isso é o que marca, que faz valer a pena. O sorriso no rosto de cada um. Nós já vivemos num mundo tão pesado, que quando você vê um sorriso, nem que seja com choro de alegria, já vale a pena", finaliza.
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