Campeão olímpico, surfista Italo Ferreira fala sobre relação com Ceará: "Sempre gostei"
Dentre fotos e tietagem dos fãs que estiveram presentes, o atleta conversou de forma exclusiva com O POVO
08:10 | Nov. 08, 2024
Um momento com um campeão olímpico. Foi isso que o público esteve presente no Red Bull Summer Vibes, ontem, na Praia do Futuro, pôde viver com a presença de Italo Ferreira, um dos principais surfistas brasileiros e medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio-2020.
O atleta está passando um período no Ceará. Na parte da manhã, esteve na Praia do Taíba, no município de São Gonçalo do Amarante, a 60 quilômetros de Fortaleza, onde praticou kitesurf.
Dentre fotos e tietagem dos fãs, o atleta conversou de forma exclusiva com O POVO: falou sobre a relação com terras cearenses, que vão desde o primeiro patrocínio até os dias atuais.
“O meu primeiro patrocinador de marca de surf foi aqui do Ceará, então eu sempre vinha disputar campeonatos aqui, seja o Cearense, Brasileiro, Nordestino, amador. E aí que competia muito. O último torneio que eu venci na Praia do Futuro foi universitário e eu ganhei um carro. Agora, voltar na mesma praia, com outra história, mas com outro sentimento", disse Italo.
"Eu sempre gostei do Ceará, pelo momentos que já vivi. Eu encontrei agora uma parceira cearense, então estou vindo um pouco mais. E, agora, vivendo um pouco do kite, que tem me desafiado e vem sendo super divertido", relatou.
Nova geração do surf
O mar cearense é conhecido em todo o Brasil por revelar nomes no esporte, como Tita Tavares e Silvana Lima. Atualmente, o campeão brasileiro da categoria sub-12 é Saymon Rocha. Ítalo Ferreira comentou sobre a nova safra da modalidade, além de abordar sobre o crescimento do esporte em geral.
"O esporte vem crescendo muito e isso é bom para toda a galera no geral. [...] Eu até brinco com os outros competidores, que deveríamos competir mais no Brasil, que fica mais fácil. O surf vive um momento bom e a nova geração vem forte", ressaltou.
O papel olímpico no surf
Desde o primeiro título mundial de Gabriel Medina, em 2014, o público brasileiro começou a enxergar o surfe com outros olhos. Este fator se consolidou de forma mais evidente após o ouro de Ítalo Ferreira, em 2020.
"Depois das Olimpíadas, o surfe ganhou um peso a mais, né? Ganhou uma força no mundo do esporte, até porque nós tínhamos aquele dúvida se o surfe poderia ser olímpico, mas tivemos a oportunidade no Japão, mas agora, veio a 'Olimpíada digital', onde a internet mostrou sua força e todos os esportes ganharam um impulso maior que o normal", apontou.
"O surfe trouxe a novidade para a galera e um outro público para acompanhar, que acabou dando uma grandeza a mais para o esporte. Tanto o surfe, como skate. Deixou mais lindo o contexto do esporte em geral. Na próxima, em Los Angeles, pode ser que seja bem legal. talvez seja na piscina, que iguala", concluiu, já projetando os Jogos Olímpicos de 2028.