Copa do Mundo de Futebol para Amputadas: Brasil tem 8 cearenses no elenco

Camarões, Colômbia e Polônia são os adversários da seleção brasileira na fase de grupos. Mundial começou no dia 4

A seleção brasileira feminina de futebol para amputadas participa da 1ª Copa do Mundo de Futebol para Amputadas. O time é composto por 13 atletas, sendo oito cearenses, quatro paulistas e uma baiana. Os duelos seguem até 11 de novembro de 2024 na cidade de Barranquilla, Colômbia.

O primeiro jogo contra a Polônia nessa terça-feira, 5, marcou a estreia nacional. Na ocasião, o placar foi de 5 a 0 para as polonesas. O combate com as colombianas será nesta quarta-feira, 6, às 19h30min.

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A delegação e comissão técnica como treinador, psicólogo e fisioterapeuta estarão presentes. O Estado será representado pelas jogadoras Jaqueline Pinheiro Maciel, Renata Martins Medeiros, Ana Raiana Santos, Glauciane Gomes da Silva, Maria Angelina Caetano de Souza, Renata Alves Frutuoso, Oara Uchoa Assunção e Nicicleide Ferreira Costa.

A Copa do Mundo de Futebol para Amputados foi criada em 1987 pela Ampute Soccer International, com sede em Seatle (EUA). Dois anos depois, o Brasil já ingressava. A estreia feminina veio neste ano.

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A faixa etária das competidoras figura entre 27 a 43 anos de idade, conforme aponta Mário Antônio de Moura Simim, treinador e professor do Instituto de Educação Física e Esportes (Iefes) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

“É importante que a sociedade compreenda que o esporte é um meio social, de inclusão e de respeito às PCDs (pessoas com deficiência). Além disso, o paradesporto contribui para melhoria da saúde e bem-estar físico-psicológico”, afirma.

Simim informa que foi feita uma pesquisa para determinar onde há mais mulheres na modalidade. A conclusão foi de que a maior parte estava concentrada em Fortaleza (CE) e Sorocaba (SP).

“Algumas não tinham chuteira específicas para gramado natural ou sintético. Isso tira atenção só de jogar. Aumenta a ansiedade e a insegurança. Quanto mais apoio e base para fazerem o que sabem fazer, jogar futebol, melhor. Não se queixam tanto em relação a isso. A postura, enquanto mulheres, já é resiliente por terem passado por muita coisa. Superaram desafios que a questão de uma chuteira é somente mais uma”, diz Lívia Gomes Viana Meireles, psicóloga da equipe e professora do Instituto de Educação Física e Esportes (Iefes) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Felipe Nogueira Catunda, presidente da Confederação Brasileira de Futebol para Amputados (CBFA) e fundador da Associação D'Eficiência Superando Limites (Adesul), lamenta a dificuldade para conseguir o aparato financeiro para a Copa. “Não era uma opção deixar de viajar”, indica.

O Instituto Compartilha, ONG local, e o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região fornecem apoio. O link para transmissão ao vivo das partidas estará disponível nos stories do perfil World Amputee Football Federation.

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