Flag Football: nova modalidade olímpica tem time cearense em final nacional
O Esportes O POVO conversou com Carolina Pequeno, atleta do Fortaleza Tritões Flag, que falou sobre seu começo dentro do esporte, ainda novo no cenário brasileiroConsiderado "primo" do tradicional futebol americano, o Flag Football vem ganhando notoriedade, inclusive no Brasil. Muito disso se deve ao fato de que a modalidade estará presente como estreante nas Olímpiadas de 2028, que serão disputadas em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A quase 10 mil quilômetros de distância do estado norte-americano da Califórnia, um time cearense se destaca no cenário nacional: o Fortaleza Tritões Flag. A equipe feminina se prepara para disputa da SuperFinal da Copa do Brasil, que acontecerá em Manaus (AM), entre os dias 30 de novembro de 1º de dezembro.
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O Esportes O POVO conversou de forma exclusiva com a jogadora Carolina Pequeno, que falou sobre seu começo na modalidade, ainda nova no cenário brasileiro. "Tenho envolvimento forte com esportes. Anteriormente, praticava handebol e voleibol".
"Com o tempo, comecei a procurar uma modalidade completamente nova e diferente das 'convencionais'. Assim, uma amiga me chamou para a seletiva, na qual destaquei-me pela velocidade, domínio corporal e passei. Realmente foi aprender do zero, o que me deixou mais interessada e instigada" relembrou.
Na visão de Carol, um passo importante para a disseminação do Flag Football, inclusive no Ceará, seria incluir a prática ou compartilhar a parte teórica nas instituições de ensino. "Como é um esporte novo no Brasil, observei que, por exemplo, não está na grade curricular dos cursos de graduação de Educação Física, consequentemente os alunos não veem na escola. A gente já cresce com uma base mínima sobre todos os outros esportes", ponderou.
Sobre a disputa do campeonato em Manaus, a atleta do Fortaleza Tritões Flag relembrou a campanha até chegar ao momento de classificação à final. "Na trajetória, o que mais marcou foi a persistência de todas as meninas, a forma como a gente se ajudou para chegar em um nível bom para competir, todas as vezes que nos reunimos para estudar o adversário, o apoio, a parceria", pontuou Carol.
A falta de propagação do Flag Football acaba gerando consequências negativas. O Fortaleza Tritões busca apoio para custear a ida até o certame nacional. Esse empecilho, todavia, não desmotiva as jogadoras.
"Estamos desenvolvendo uma interdependência positiva a partir da responsabilidade individual, exercendo habilidades sociais para que estejamos prontas física e mentalmente para competir em Manaus. Todos os dias a gente conversa e ressaltamos que 'vamos, sim, para Manaus'. Brincamos, sorrimos, nos abraçamos e seguimos a luta", finalizou Carol Pequeno.
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