Bia Haddad iguala feito de Maria Esther Bueno e busca vaga na semifinal do US Open

Bia Haddad tenta avançar para a semifinal do US Open diante de Karolina Muchova, adversária que nunca venceu na carreira. Especialistas ressaltam novo momento da tenista brasileira após eliminação precoce na Olimpíada de Paris-2024

Após 56 anos, o tênis feminino brasileiro volta a disputar as quartas de final do US Open. A dona do feito é Bia Haddad Maia, 21ª no ranking WTA, que irá enfrentar nesta quarta-feira, 4, a tcheca Karolina Muchova, atual 52ª. A tenista paulista de 28 anos chega confiante para o embate, já que eliminou nas oitavas de final a dinamarquesa Caroline Wozniacki, ex-número 1 do mundo.

Essa confiança será fundamental visando o confronto, uma vez que o histórico entre Bia e Muchova não é nada favorável para a brasileira, que foi derrotada nas três oportunidades anteriores em que se enfrentaram.

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Entretanto, para além de deixar o retrospecto negativo de lado, o torneio disputado em Nova York marca um momento de superação para Bia após desempenho aquém nas Olimpíadas de Paris-2024. No simples e nas duplas, acabou sendo eliminada na 2ª rodada.

O momento, portanto, se mostra como favorável para uma "resposta" da esportista. Em conversa exclusiva com o Esportes O POVO, o jornalista Filipe Correia, do perfil Papo de Tênis, pontuou sobre esse período vivido pela paulista.

"A Bia sempre foi uma atleta fenomenal, sempre mostrou muita dedicação e habilidade ela tem de sobra, passou por momentos ruins no ano em que não estava bem consigo mesma e isso acabava refletindo no jogo dela, principalmente em seu saque, onde ela tinha um aproveitamento bem abaixo do que o comum dela", ressaltou o profissional, especializado no esporte.

Logo após o período olímpico, Bia Haddad soube superar bem as críticas e o baixo desempenho, chegando até a final do WTA de Cleveland, sendo derrotada pela americana McCartney Kessier.

Porém, o torneio disputado no estado americano de Ohio foi fundamental para elevar a sua confiança, conforme Filipe explica. "A ida pra final no WTA 250 de Cleveland era o que ela precisava, uma injeção de ânimo, que mesmo com a derrota dolorida, não fez com que ela ficasse pra baixo."

"Jogando firmemente, com muita consciência, com muita intensidade e trazendo vitórias incríveis, chegando às quartas de final de um torneio tão relevante, depois de 56 anos do feito realizado pela Maria Esther Bueno", ressaltou.

Independentemente do resultado que vier, o fato de ter igualado Maria Esther Bueno, considerada por muitos a rainha do tênis, já é significativo. 

"É um feito impressionante, que eleva o nível do tênis brasileiro de uma forma sensacional. Ela está cada vez mais se consolidando como uma das principais tenistas do Brasil em toda a história, não apenas considerando o tênis feminino, mas o masculino também", concluiu o analista.

Estratégias para vencer

Para seguir fazendo história, Bia Haddad Maia sabe que terá uma tarefa complicada, já que ainda não sabe o que é vencer Muchova ao longo dos três embates que tiveram ao longo de suas carreiras. O jornalista especializado em tênis, Mateus Nagime, citou o que a brasileira pode fazer para ter uma melhor sorte no duelo. 

"Bia precisa ter um saque afiado e conseguir confirmar com mais segurança os saques dela. Em um bom dia, ela consegue isso e acredito que ela tem a confiança necessária agora. Mas claro que ela tem que estar afiada também para ler bem o jogo da Muchova e variar melhor o estilo durante a partida", destacou Nagime ao Esportes O POVO.

 

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