Treinador é condenado a 60 anos de prisão por estupro de adolescentes
Réu por crimes sexuais contra menores de idade, André Testa integrou a arbitragem de vôlei nas Olimpíadas Rio 2016Um treinador de vôlei foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina com pena de 60 anos de prisão em regime fechado por crimes sexuais cometidos contra atletas adolescentes. Ex-treinador do projeto social ADC Terra Firme, André Wilson Testa, de 31 anos, é réu por de estupro de vulnerável, fornecimento de bebidas alcoólicas a menores de idade, constrangimento ilegal e indução ao uso de drogas. O ex-atleta ainda poderá recorrer em liberdade.
André foi um jogador de destaque no vôlei catarinense, mas fez carreira como árbitro da modalidade. O ex-atleta teve o auge de sua carreira nas Olimpíadas do Rio 2016, quando foi juiz de linha na final masculina entre Brasil e Itália.
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No projeto esportivo em que atuava, na cidade de São José (SC), André era treinador de uma equipe de 16 adolescentes, sendo cinco meninas. O grupo de atletas era mantido com verbas municipais e ficava alojado em uma espécie de centro de treinamento, sob total responsabilidade de André Testa.
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As primeiras denúncias contra o treinador ocorreram em 2022, quando uma das vítimas procurou a Polícia Civil para relatar um abuso ocorrido quando a atleta tinha 15 anos, logo em seguida foi aberto inquérito para investigações. A partir de então começaram a ser relatados outros casos de assédio e importunação sexual por parte do técnico.
"Ele me levou para a casa dele e lá ele começou a passar a mão em mim essas coisas e tal. Enfim, eu não tinha malícia na época porque eu tinha muita confiança nele, era uma pessoa muito persuasiva, sabe, ele ganha muito a tua confiança e ele acabou abusando de mim", relatou uma das vítimas não-identificada em entrevista à NSC TV.
Conforme relatado na denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, André se utilizava de sua influência no meio esportivo para compelir os atletas, além de ameaças e promessas de progresso na carreira.