Ronnie Coleman: como está o fisiculturista hoje em dia

Ronnie Coleman, octacampeão do Mr. Olympia, passou por várias cirurgias desde a aposentadoria no fisiculturismo, chegando a perder o movimento das pernas
Autor Mateus Mota/ especial para O POVO
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Ronnie Coleman é um dos maiores nomes da história do fisiculturismo, sendo reconhecido como uma lenda da modalidade. Nascido em Monroe, em Louisiana, nos Estados Unidos em 13 de maio de 1964, Coleman se apaixonou pelo levantamento de peso desde a juventude.

Ele começou a competir em 1990, conquistando o primeiro título, o Mr. Texas. A partir dali, viriam muitas outras conquistas. Conheça, a seguir, mais sobre a vida e carreira do astro, hoje aposentado.

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Ronnie Coleman: estreia e treinos intensos

Estreando no circuito profissional em 1992, Coleman se destacou rapidamente por seu físico único, marcado por proporções incríveis, definição e densidade muscular inigualável para a época.

Seu lema de treino, "Yeah buddy, lightweight baby!" (É isso aí, garoto! Levinho, baby!, em tradução livre), ecoava nas academias e se tornou um símbolo de sua intensidade e dedicação.

Coleman se envolveu com esportes desde jovem e, sendo do sul dos Estados Unidos, o futebol americano seria uma escolha óbvia. Mas o jovem Ronnie sempre foi um fenômeno e, mesmo no Ensino Médio, já se destacava pelo corpo.

Ele recebeu uma bolsa de estudos para frequentar a Universidade Estadual de Grambling, onde também jogou futebol americano como linebacker central durante quatro anos, até se formar em Ciências Contábeis.

Em 1998, conquistou seu primeiro título do Mr. Olympia, desbancando o lendário Dexter Jackson. Nos sete anos seguintes, dominou a competição, igualando o recorde de Lee Haney e se tornando uma lenda viva do esporte.

Foram oito títulos seguidos entre 1998 e 2005, sempre mostrando um físico melhor do que no ano anterior, até ser desbancado por Jay Cutler em 2006. No ano seguinte, após ficar em 4º lugar, decidiu se aposentar.

Além das vitórias no Olympia, Coleman conquistou uma série de outros títulos, incluindo o Arnold Classic e o Grand Prix.

Ronnie Coleman: luta contra a dor

Porém, a busca incessante pela perfeição física teve um preço alto para Coleman. Em entrevista a Men’s Health, ele revelou que deslocou a hérnia de disco pela primeira vez em 1996, em uma sessão de agachamentos.

Entretanto, só passou por consulta com médicos especialistas após a aposentadoria, mais de 11 anos depois. Ao longo dos anos de treino intenso, o fisiculturista acabou desenvolvendo dores crônicas nas costas e articulações.

A carga física a que ele submetia o próprio corpo levou os problemas de saúde a se agravarem com o tempo. Após a aposentadoria em 2007, ele já havia passado por seis cirurgias. De lá para cá, são 13 cirurgias nas costas, nos quadris e nas pernas.

Um dos diagnósticos recebidos pelo ex-atleta é o de osteoartrite, condição crônica que afeta as cartilagens e faz com que as articulações se movam com menos fluidez, quase como se estivessem enferrujadas. Além disso, Coleman também teve problemas na coluna cervical, principalmente nos nervos.

Ronnie Coleman: do trono à cadeira de rodas

Em 2018, Ronnie Coleman foi submetido a uma cirurgia nas costas para remover vários tecidos cicatriciais. Isto foi seguido por outra cirurgia em 2019 para consertar quatro parafusos quebrados em suas costas. Embora essas cirurgias tivessem como objetivo curá-lo, sua condição começou a piorar depois de um tempo.

Com uma recuperação difícil, o fisiculturista que recebeu o apelido de "The King" ("O rei") teve que ser operado três vezes em um ano, também sem grande sucesso no processo de cura. Estima-se que ele já tenha gastado milhões de dólares em procedimentos médicos para tentar recuperar o corpo.

Após passar por tantas cirurgias invasivas ao longo da vida, e Coleman declarou em entrevista à revista “Muscular Development Magazine”, em 2020, que perdeu a capacidade de andar.

Nos últimos anos, porém, o atleta aposentado já fez aparições caminhando, ainda que com dificuldade. 

Fora dos palcos, Coleman é conhecido pela personalidade calorosa e carismática. Ele se tornou uma figura respeitada e querida na comunidade do bodybuilding, inspirando milhões de pessoas em todo o mundo com vídeos de treinamento e palestras motivacionais.

Seu trabalho se estende, hoje, por meio das redes sociais, onde o ex-atleta soma mais de 10 milhões de seguidores só no Instagram. 

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