Ex-piloto de F1, Wilson Fittipaldi morre aos 80 anos
Ele estava internado desde o fim do ano passado após sofrer uma parada cardíaca e não resistiu às complicaçõesWilson Fittipaldi Junior, ex-piloto de Fórmula 1, morreu nesta sexta-feira em um hospital da zona sul da capital paulista. Ele estava internado desde o fim do ano passado após sofrer uma parada cardíaca e não resistiu às complicações. A notícia foi confirmada pela Confederação Brasileira de Automobilismo.
"É com imensa dor que a Confederação Brasileira de Automobilismo registra o falecimento de Wilson Fittipaldi Jr., nesta sexta-feira, 23, na cidade de São Paulo, após 60 dias de internação. Aos 80 anos, Wilsinho se foi de forma serena e envolto por todo o amor que fez por merecer ao longo de sua vida", destacou a entidade.
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O ex-piloto sofreu a parada cardíaca após se engasgar com um pedaço de carne durante almoço de Natal. Na ocasião, nas redes sociais do próprio Wilson, sua esposa, Rita Reis Fittipaldi, relatou que ele precisou ser reanimado.
"No almoço de Natal, o Wilsinho engasgou com um pedaço de carne e teve uma parada cardíaca, foi reanimado e se encontra sedado e entubado, estamos aguardando ele acordar, ele tem um histórico pós-cirúrgico difícil de retorno pós-sedativo. Um dia por vez, vamos aguardar", escreveu Rita naquele dia.
Conheça a carreira na F1
Wilson Fittipaldi, de 80 anos, é irmão mais velho do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi. Os dois começaram no automobilismo nos anos 60.
Wilson chegou à Fórmula 1 em 1972 e ficou como piloto durante duas temporadas. No período, ele teve como melhor resultado um quinto lugar no GP da Alemanha.
Na maior categoria do automobilismo, Wilson e Emerson criaram também uma equipe 100% brasileira, a Copersucar-Fittipaldi, que ficou em ação no fim dos anos 70 e começo dos anos 80, sem resultados expressivos.
Confira o comunicado da Confederação Brasileira de Automobilismo:
É com imensa dor que a Confederação Brasileira de Automobilismo registra o falecimento de Wilson Fittipaldi Jr., nesta sexta-feira, 23, na cidade de São Paulo, após 60 dias de internação. Aos 80 anos, Wilsinho se foi de forma serena e envolto por todo o amor que fez por merecer ao longo de sua vida.
Mesmo com saúde abalada nos últimos anos, esteve no Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, em novembro último, ocasião em que foi reverenciado por automobilistas de várias gerações. Ainda, pôde se reunir com familiares e amigos mais próximos no dia de Natal do ano passado, quando comemorou seu aniversário. Uma intercorrência acontecida naquele mesmo dia exigiu sua internação.
A CBA rende homenagens não apenas ao ex-piloto Wilson Fittipaldi Jr., mas a este legítimo patrimônio do Automobilismo Brasileiro. Reuniu talento, visão de futuro e ousadia para levar o nome do Brasil a um patamar jamais imaginado. Num projeto que, certamente, estava à frente do seu tempo, capitaneou o surgimento da primeira equipe brasileira de Fórmula 1.
Exatos 50 anos depois de iniciar os trabalhos, que culminaram com a estreia do Copersucar-Fittipaldi FD01 no GP da Argentina de 1975, jamais houve um empreendimento nacional que se aproximou do histórico feito de Wilsinho. E, presumivelmente, nunca mais se repetirá.
Nossos pilotos já brilhavam no circuito internacional da Fórmula 1, incluindo ele próprio, na breve carreira como piloto da Brabham. Mas nada alcançou a significação esportiva e técnica da equipe brasileira de Fórmula 1, que só agigantou seu comandante e garantindo seu lugar na história do automobilismo brasileiro e mundial.
Wilsinho nos deixa fisicamente neste momento e repousa nos braços do Senhor. A dor da perda é imensa, mas louvado seja o país e o esporte que, com muito orgulho, tiveram em suas fileiras um guerreiro de tamanha envergadura. Rogamos a Deus que ampare e conforte seus familiares, amigos e fãs.