Renan Dal Zotto entrega cargo e não é mais técnico da seleção masculina de vôlei

Após classificação do Brasil para as Olimpíadas de 2024, com vitória sobre a Itália, treinador alega questões de saúde e pedido da família para deixar o comando da equipe

Renan Dal Zotto não é mais técnico da seleção brasileira masculina de vôlei. Depois da vitória contra a Itália neste domingo, 8, por 3 sets a 2, que colocou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) anunciou que o treinador decidiu deixar o cargo e não comandará o time nas próximas competições.

"No sábado, ele (Renan) se reuniu com o presidente da CBV, Radamés Lattari, para comunicar sua decisão de deixar o comando da seleção, independentemente do resultado da partida decisiva do Pré-Olímpico", escreveu a entidade em comunicado.

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O comandante brasileiro veio para o Pré-Olímpico já pressionado depois de perder o Campeonato Sul-Americano para a Argentina. Isso, somado ao péssimo desempenho do Brasil na Liga das Nações, colocou ainda mais responsabilidade nos ombros do treinador. Ele já havia desabafado sobre a pressão que vinha sofrendo desde o início do torneio após o jogo contra o Irã, no último sábado, 7.

Renan Dal Zotto assumiu o comando do Brasil em 2017, depois da saída de Bernardinho. Treinando a equipe, o técnico teve altos e baixos, mas conquistou quatro títulos. No ano em que assumiu, venceu a Copa dos Campeões. Em 2017 e 2019, levou o Brasil ao título do Campeonato Sul-Americano.

Seu último troféu com a seleção foi a Liga das Nações, em 2021. No entanto, o treinador pegou Covid-19 e teve de ficar afastado por mais de um mês. Quem comandou a equipe durante os jogos foi seu auxiliar técnico, Carlos Schwanke.

"Meu amor ao vôlei é eterno, fiz dele meu ofício e seguirei neste caminho. Quero ver o vôlei brasileiro cada vez maior. Porém, neste momento, não me sinto em condições de saúde adequadas (para exercer) essa função. Também foi um pedido da minha família", explicou Dal Zotto em entrevista à CBV.

"O equilíbrio entre as seleções atualmente é a nova realidade do voleibol e cada conquista merece ser muito valorizada. Tenho muito orgulho do que fizemos neste Pré-Olímpico. E tenho certeza que esse grupo fará um excelente papel em Paris. Estarei na torcida por todos eles. Sou muito grato à comissão técnica, a todos os atletas que passaram pela equipe neste período, e à CBV. Saio com a certeza de ter dado o meu melhor todos os dias", concluiu.

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