Maurício Souza culpa "turma da lacração" após demissão por comentários homofóbicos

Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, jogador isentou dirigentes do Minas por ter o seu contrato com o clube rescindido. Mais cedo, ele já havia postado imagem do Super-Homem beijando a Mulher Maravilha

Um dia após ser demitido do Minas Tênis Clube por fazer comentários homofóbicos em posts nas redes sociais, Maurício Souza comentou o episódio que culminou com a rescisão do seu contrato com o clube. Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, na manhã desta quinta-feira, 28, o jogador defendeu os dirigentes da equipe de vôlei e culpou a "turma da lacração" por sua dispensa.

"O Minas não teve culpa nenhuma nisso tudo. A culpa é da turma da lacração fazendo pressão em cima dos patrocinadores. Acarretou de o patrocinador ameaçar tirar o patrocínio do masculino e do feminino. Isso ficou insustentável. O meu diretor, Elói Oliveira, e o meu presidente, Ricardinho Santiago, fizeram o máximo para me segurar na equipe. Infelizmente, o time não aguentaria perder tantos patrocínios assim", disse o central.

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Mais cedo, Maurício já havia feito uma postagem com uma imagem do Super-Homem beijando a Mulher Maravilha. "Apesar do tom de provocação da publicação, ela tem pouco contexto canônico, uma vez que a personagem Diana é bissexual — e o jogador, originalmente, criticava a bissexualidade de outro personagem. A informação foi confirmada pelo roteirista da HQ, Greg Rucka, em 2016. Para além disso, o Superman a se assumir é Jonathan Kent, filho de Clark Kent, o super-homem original. O pai é casado com Lois Lane na maioria dos universos compartilhados da DC Comics.

As críticas ao central começaram depois de um post em que o jogador criticou a DC Comics após a editora anunciar que o novo Super-Homem, filho de Clark Kent, será bissexual nas próximas edições das histórias em quadrinhos.

Medalhista de ouro nas Olimpíadas do Rio, em 2016, Maurício também não deve mais ser convocado para a seleção brasileira de vôlei, já que o treinador Renan dal Zotto fechou as portas da seleção para o jogador.

"É inadmissível este tipo de conduta do Maurício e eu sou radicalmente contra qualquer tipo de preconceito, homofobia, racismo. Em se tratando de seleção brasileira, não tem espaço para profissionais homofóbicos. Acima de tudo preciso ter um time e não posso ter este tipo de polêmica no grupo. Não me refiro apenas ao elenco dos atletas. É geral, para todos os profissionais", disse o técnico em entrevista ao jornal O Globo.

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