Evento reúne melhores atletas de kitesurfe do mundo na Praia do Cumbuco

Superkite acontecerá entre os dias 10 e 14 de novembro na Praia do Cumbuco, em Caucaia. O Ceará ganhou fama mundial como o "Havaí do Kite" e é o principal celeiro de atletas do esporte no Brasil

15:52 | Out. 22, 2021

Por: O Povo
Praia do Cumbuco, em Caucaia, é o quarto destino mais procurado do Brasil em 2022, segundo plataforma Airbnb (foto: FERNANDO BRAGA/DIVULGAÇÃO)

Um dos maiores torneios de kitesurfe do mundo, o Superkite acontecerá entre os dias 10 e 14 de novembro na Praia do Cumbuco, em Caucaia. O Ceará é o principal celeiro de atletas do esporte no Brasil. Na competição, a cearense de 16 anos, Mika Sol, é a primeira do ranking feminino e pode garantir o tetracampeonato mundial com uma vitória em casa. No masculino, o francês Arthur Guillebert é o favorito, mas o espanhol Jeremy Burlando e o australiano Ewan Grant Jaspan podem intensificar a luta pelo título. Ao todo, serão mais de 45 atletas nas categorias feminino e masculino de mais de 20 nacionalidades diferentes.

+ Ceará de vento e mar: turismo de aventura atrai 10% dos visitantes

De acordo com a secretária de Turismo e Cultura de Caucaia, Yrwana Albuquerque, a escolha do local se deve às condições climáticas favoráveis para a prática do kitesurfe. Além disso, segundo a Secretaria de Turismo do Ceará, cerca de 20 mil turistas de fora do país vêm ao estado por ano especificamente para a prática de kite ou windsurfe.

>>> Os voos de Ruediger: o alemão de 81 anos que fez do kitesurfe sua morada no Ceará

Em 2003 aconteceu o primeiro Superkite em terras cearenses. De lá pra cá, o evento se consolidou e é considerado um marco para o Estado, atraindo mais jovens para o esporte e transformando a realidade das comunidades onde a modalidade é praticada. O Ceará ganhou fama mundial como o “Havaí do Kite”.

+ Litoral de Camocim alça voo com bons ventos do kitesurfe

O cearense Carlos Mário Bebê, tricampeão do mundo de kitesurfe, teve a infância transformada quando viu os melhores atletas do mundo indo competir do lado de casa, no Cumbuco. “O kitesurfe, além de ser a minha diversão hoje, é o meu trabalho. Graças a isto, viajei o mundo todo, conheci vários países, várias línguas e muitas pessoas incríveis. Com esse trabalho, consegui realizar o sonho da minha mãe, que também foi um sonho meu: construir minha própria casa”, conta o atleta.

Ademais de Bebê e Mika, o circuito conta atualmente com número elevado de competidores cearenses, que tiveram suas primeiras chances no Superkite.

O coordenador técnico do evento, Lúcio Monte, reafirma a importância do evento para a transformação social da região. “Todo ano, nós entregamos convites para escolinhas de kitesurfe do Estado que fazem trabalhos sociais com jovens e crianças, para disputarem torneios no âmbito nacional e internacional. Isso ajuda a tirar elas de situação de vulnerabilidade e inseri-las no esporte”, explica Lúcio.

Por Paulo André Sales