Moisés revela que poderia estar na Croácia vice-campeã mundial

A Croácia foi vice-campeã mundial pela primeira vez em sua história neste domingo, com Luka Modric coroado como o melhor atleta da Copa do Mundo. Na Rússia, o meia do Real Madrid poderia ter tido a ajuda de Moisés para conquistar o inédito título, não fosse a decisão do camisa 10 do Palmeiras de trocar [?]

17:15 | Jul. 15, 2018

A Croácia foi vice-campeã mundial pela primeira vez em sua história neste domingo, com Luka Modric coroado como o melhor atleta da Copa do Mundo. Na Rússia, o meia do Real Madrid poderia ter tido a ajuda de Moisés para conquistar o inédito título, não fosse a decisão do camisa 10 do Palmeiras de trocar o Rijeka-CRO pelo Verdão, no início de 2016.

?É uma coisa que poderia acontecer (jogar pela seleção croata). Se eu ficasse lá, eu tinha essa possibilidade, já se falava. Em mais um ano e meio eu poderia tirar meu passaporte e ter a possibilidade de defender a Croácia. Tem dois jogadores que estão lá e foram meus companheiros. Um é o Kramaric, atacante muito bom, e o outro é o Bradaric, que na época era até meu reserva, era mais novo. Então essa possibilidade era bem real de acontecer, se tudo desse certo poderia disputar uma Copa do Mundo, mas eu preferi voltar, até porque não era uma certeza?, contou o camisa 10 à TV Palmeiras no quadro Fora de Casa.

Revelado pelo América-MG, Moisés se destacou pela Portuguesa entre 2012 e 2014, antes de seguir para a Europa. ?Quando meu empresário falou, eu fiquei: ?Pô, mas Croácia??. Eu não conhecia muito o futebol na Croácia. Fui de braços abertos, sabendo que eu não seria tão visto lá, mas que poderia aprender muito. E aprendi. Isso foi o mais interessante. Nos meus dois anos lá, eu evoluí muito o meu futebol. Eu fui para lá como um bom jogador e voltei um pouco melhor. A forma de pensar, de agir dentro dos treinamentos e dos jogos, foram coisas que aprendi e trouxe para minha vida?.

A chegada ao Palmeiras aconteceu em 2016, logo após o título do Palmeiras na Copa do Brasil contra o Santos, o primeiro da era Alexandre Mattos. A vinda para o Verdão se deveu essencialmente à relação do jogador com o gerente executivo, que o conhecia desde 2008, quando Moisés apareceu no América-MG.

?O Alexandre (Mattos, diretor) começou a falar de tudo o que estava acontecendo. O Palmeiras estava disputando a final contra o Santos na Copa do Brasil e eu comecei a torcer, a assistir. Lembro que lá (na Croácia) eram 5h da manhã e eu estava assistindo, torcendo muito. Lembro que o Palmeiras fez 2 a 0 e eu comemorei bastante. Aí quando o Santos fez o gol eu achei que tinha perdido pelo gol fora, não sabia da regra. Fiquei muito triste. Depois que eu vi que iria para os pênaltis ? relatou ele, que chegou ao Verdão em janeiro de 2016?.

?O Alexandre me falou de toda a estrutura, de tudo o que estava se formando aqui, e que precisava de um cara com as minhas características. Quando ele me falou isso, eu senti no meu coração que era hora de voltar. Eu só tinha jogado no Brasil para não cair ou ficar em meio de tabela, objetivos menores do que os que o Palmeiras poderia me proporcionar. Isso me motivou, porque eu queria ter esse reconhecimento no meu país ? emendou Moisés, conhecido de Mattos dos tempos de América-MG, quando os dois trabalharam juntos?, finalizou.

No Palmeiras, Moisés foi um dos principais jogadores do time na campanha do título brasileiro de 2016, que lhe rendeu a mudança da camisa 28 para a 10. No clube, ele soma 85 partidas e oito gols. Para jogo contra o Santos, nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Pacaembu, o meio-campista está suspenso.

Gazeta Esportiva