Torcida do Colo-Colo invade campo, e partida do Fortaleza na Libertadores é cancelada

Torcida do Colo-Colo invade campo, e partida do Fortaleza na Libertadores é cancelada

Parte da torcida local quebrou os alambrados de vidro da arquibancada e invadiu o gramado, interrompendo a partida de forma repentina

O duelo entre Colo-Colo-CHI e Fortaleza, pela segunda rodada da Copa Libertadores, não acabou. Apesar do 0 a 0, nesta quinta-feira, 10, no Estádio Monumental David Arellano, em Santiago, no Chile, o confronto foi cancelado pela arbitragem após cenas de selvageria vindas da arquibancada.

O motivo foi a invasão de torcedores do time chileno, após quebrarem um dos alambrados da praça esportiva. A decisão se o jogo irá ter continuidade será definida pela Conmebol. 

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A revolta fora de campo se deu após dois jovens serem mortos atropelados pela polícia do país, minutos antes da bola rolar pelo torneio continental.

Colo-Colo 0x0 Fortaleza: o jogo

O primeiro tempo do duelo entre Colo-Colo e Fortaleza, na capital chilena, foi marcado por um futebol morno e de poucas emoções. Apesar do domínio territorial e da posse de bola do time chileno, o Tricolor do Pici soube se defender bem e contou com uma atuação segura do goleiro João Ricardo para manter o placar zerado na etapa inicial.

Desde os primeiros minutos, o Leão se mostrou uma postura mais cautelosa. Com as linhas recuadas e com dificuldades na transição ofensiva, o time de Vojvoda praticamente abriu mão da posse e observou o adversário rondar sua área. O Cacique, por sua vez, teve mais volume, mas não conseguiu transformar a posse em chances claras com frequência.

A primeira oportunidade veio aos nove minutos. Após cobrança de escanteio venenosa de Aquino, Rodríguez apareceu bem pelo alto e testou firme, obrigando João Ricardo a fazer uma grande defesa, espalmando para fora. Foi o primeiro de alguns bons momentos do arqueiro tricolor, que se firmou como destaque do jogo até ali.

Apesar da leve pressão do Colo-Colo, o jogo carecia de intensidade e criatividade. A segunda boa chegada dos chilenos só aconteceu aos 25 minutos, novamente com perigo real.

Correa recebeu pela esquerda, driblou com facilidade a marcação cearense e finalizou forte, obrigando João Ricardo a operar mais uma defesa providencial.

Os tricolores, por sua vez, teve muita dificuldade para construir jogadas. A única chegada com real chance de gol surgiu de um erro do adversário.

Aos 35 minutos, Mancuso interceptou um passe errado e encontrou Marinho com liberdade pela direita. O camisa 11 invadiu a área com boa condição para finalizar, mas optou por tocar para Lucero, que estava mal posicionado e acabou desperdiçando a chance.

Fora isso, o Tricolor pouco ameaçou. Foram 45 minutos de muita marcação, baixa intensidade e pouquíssimas finalizações — reflexo de um primeiro tempo travado, em que o empate sem gols refletiu bem o que foi o jogo até ali. Resta saber se as equipes voltarão do intervalo com propostas mais ousadas em busca da vitória.

O segundo tempo sequer teve tempo para se desenvolver dentro de campo. A partida, que já era tecnicamente fraca, acabou sendo completamente ofuscada por cenas lamentáveis fora das quatro linhas. A capital chilena foi palco de um triste episódio de violência no futebol sul-americano.

Torcedores do Colo-Colo, que já vinham demonstrando um comportamento hostil desde os minutos iniciais, protagonizaram atos de vandalismo e selvageria. Parte da torcida local quebrou os alambrados de vidro da arquibancada e invadiu o gramado, interrompendo a partida de forma repentina.

Diante do cenário de insegurança, os jogadores do Fortaleza correram imediatamente para os vestiários, escoltados por membros da comissão técnica e seguranças. O clima nas arquibancadas era de tensão e descontrole.

Segundo informações da transmissão da ESPN, a invasão teria sido motivada por um protesto de parte da torcida do Colo-Colo, relacionada à morte de dois torcedores atropelados pela polícia local, fato que teria gerado revolta entre os presentes no estádio.

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