Destaques e fase atual: quem é o Colo-Colo, rival do Fortaleza na Libertadores
Após serem adversários em campo pela Libertadores de 2022 e até nos tribunais, pelo caso Lucero; as equipes passaram a ter uma certa rivalidade
Adversário no grupo e tido como um "rival" continental do Fortaleza, o Colo-Colo, do Chile, chega à fase de grupos da Libertadores de 2025 ainda sem a confiança de outros tempos, mas carrega o peso da história de quem já ergueu a taça e tem fama de dar trabalho. A 10ª posição no Campeonato Chileno não chega a assustar o plantel, mas inquieta. Duas vitórias, duas derrotas e um empate na Liga de Primera.
A Libertadores chega como um grande teste — e um reencontro carregado de tensão. O Leão do Pici está no caminho, assim como Racing e Atlético Bucaramanga, e há contas a acertar após o último confronto em campo — e no tribunal. Em atuações, um cenário parecido com o próprio Fortaleza: o técnico Jorge Almirón, tal qual Vojvoda, ainda rascunha sua equipe, oscilando entre o 3-5-2 e o 4-3-3, recheado de dúvidas na principal onzena.
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Se há um nome que carrega esperança no time chileno, ele veste a camisa 10. Claudio Aquino desembarcou do Vélez Sarsfield-ARG para ser o cérebro do meio-campo e se tornou peça-chave. Ao lado dele — na verdade, um passo para trás —, o experiente Arturo Vidal, cuja trajetória no futebol dispensa apresentações.
Além dos destaques no meio de campo, está Lucas Cepeda, jovem ponta que vem jogando pela direita e se destaca pelo chute de fora da área. Com a 9 que já foi de Lucero, Javier Correa é o artilheiro, com seis gols em nove jogos, ainda que pouco elogiado pela torcida no ano. Um elenco sólido, pois não conta com perdas significativas em relação ao ano passado, quando foi campeão chileno, mas ainda um enigma tático.
Para os torcedores, que acentuam a rivalidade nas redes com os brasileiros, o Fortaleza é mais do que um adversário difícil: é um fantasma recente. Desde o confronto na fase de grupos de 2022, os clubes passaram a rivalizar no campo, nas janelas de transferências e até nos tribunais, mas sem ressentimentos institucionais, afinal, chegaram a um acordo que resolveu a pendência judicial, com o Fortaleza pagando R$ 10 milhões por Lucero.
Mas a torcida do Colo-Colo não esquece a derrota por 4 a 3 em Santiago, que lhe tirou daquela edição, e, muito menos, o nome de um certo camisa 9. Destaque à época vestindo a camisa de "Los Caciques", chegando a marcar contra o Leão do Pici, mas que trocou o Chile pelo Brasil desde 2023 e atuará pelo adversário, Lucero levou consigo os gols e ressentimentos.
A transferência rendeu briga judicial e, pelos torcedores albos, uma promessa: o Castelão até será um caldeirão, mas o Monumental lotará e não será menos hostil. O sorteio "armou" o reencontro. E se ambos os desafiantes ainda se constroem na temporada, não há dúvida de que, ao menos nesses jogos, terão uma motivação extra para se encontrar.