Paz evita polêmica em reencontro do Fortaleza com Colo-Colo: "Clube que respeitamos"

Paz evita polêmica em reencontro do Fortaleza com Colo-Colo: "Clube que respeitamos"

Clubes travaram disputa nos tribunais entre 2023 e 2024 por Juan Martín Lucero, mas CEO da SAF do Tricolor prega respeito e diz que foco é na Libertadores

Representante do Fortaleza no sorteio dos grupos da Libertadores, na noite da última segunda-feira, 17, na sede da Conmebol, no Paraguai, o CEO da SAF tricolor, Marcelo Paz, evitou polêmica sobre o reencontro com o Colo-Colo, do Chile, clube que foi adversário na edição de 2022 e com o qual o Leão travou disputa nos tribunais pela contratação de Juan Martín Lucero.

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Os dirigentes dos dois clubes construíram boa relação na época dos confrontos pelo principal torneio da América do Sul, mas tiveram conflito no ano seguinte, após o time do Pici acertar com o centroavante argentino. Nesta temporada, o Fortaleza enfrentará o Cacique primeiro como visitante, em Santiago, e depois atuará em casa, na Arena Castelão.

"Não quero provocar polêmica, o mais importante são as equipes. Colo-Colo é um clube com história, que nós respeitamos, e o Fortaleza é uma equipe que está se acostumando a participar dessas disputas", afirmou Paz, em entrevista ao Diário AS, do Chile, após o evento.

Além de Fortaleza e Colo-Colo, Racing-ARG e Atlético Bucaramanga-COL também estão no Grupo E da Libertadores. A disputa começará no dia 2 de abril e seguirá até 28 de maio.

Relembre o caso Lucero

O Fortaleza anunciou a contratação de Juan Martín Lucero em 13 de janeiro de 2023, um dia depois de o argentino efetuar o pagamento de 1 milhão de dólares ao Colo-Colo para rescindir o vínculo com o clube chileno. Naquele momento, o Tricolor já entendia que tinha respaldo jurídico para concretizar a transferência.

O então presidente do Leão e hoje CEO da SAF, Marcelo Paz, afirmou à época que o clube não temia punição porque foi "negócio juridicamente seguro". Peça-chave na operação, Alex Santiago, atual diretor de futebol da SAF, garantiu que o Fortaleza estava "muito tranquilo, no sentido de entender que lidou com um atleta livre".

Já Lucero, em entrevista coletiva em novembro de 2023, esquivou-se do tema e disse que "está tudo nas mãos dos meus advogados, da diretoria do Fortaleza".

O imbróglio jurídico teve início a partir da ação do Colo-Colo, clube que o centroavante defendia antes de chegar ao Pici. Os chilenos foram à Fifa com a alegação de que o camisa 9 não tinha uma justa causa para rescindir o contrato e que deve ser recompensado financeiramente, com o Leão sendo solidariamente responsável.

Em agosto de 2023, no dia da partida contra o Libertad-PAR, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, a Câmara de Resolução de Disputas da Fifa comunicou as punições ao Tricolor e ao argentino: transfer ban por duas janelas de transferências para o clube e quatro meses de suspensão para Lucero.

Nove dias depois, o clube conseguiu um efeito suspensivo para El Gato, que voltou a atuar. Já em 13 de dezembro daquele ano, a Corte Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês) suspendeu o transfer ban do Fortaleza até a sentença do caso.

O imbróglio teve desfecho em janeiro deste ano, quando a CAS informou que as punições ao Fortaleza e a Lucero estavam anuladas e não aplicou qualquer sanção.

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