CEO vê Fortaleza "pronto" para venda minoritária da SAF: "Estamos ouvindo o mercado"

Marcelo Paz, durante sua fala, esclareceu sobre o momento atual financeiro do Fortaleza. Segundo ele, apesar de existirem alguns problemas pontuais, o clube vive estável

17:14 | Nov. 01, 2024

Por: Victor Barros
Marcelo Paz, CEO do Fortaleza (foto: Matheus Amorim/Fortaleza EC)

CEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz concedeu entrevista ao podcast Máquina do Esporte, nesta última quinta-feira, 31. Na ocasião dirigente, dentre os assuntos tratados, o dirigente falou sobre a venda da SAF do tricolor.

Em 2023, o Leão do Pici virou uma Sociedade Anônima do Futebol, após votação realizada na sede do clube, entre os sócios-torcedores. Paz pontuou que o movimento feito foi para se adaptar a um novo modelo de gestão no futebol brasileiro.

"Viramos SAF por opção e não por necessidade. Não tivemos que vender de qualquer maneira para ter dinheiro, foi mais para se adequar a uma nova realidade do mercado, estar apto para receber investimento e escolher quem será o investidor, principalmente quem", comentou.

"O "quem" é mais importante que o "quanto". Estamos pronto, ouvindo um pouco mercado, com paciência. É um SAF diferente. Até o momento, sem aporte de capital". disse o executivo.

Critérios para escolha do grupo comprador 

Marcelo Paz, durante sua fala, esclareceu sobre o momento atual financeiro do Fortaleza. Segundo ele, apesar de existirem alguns problemas pontuais, o clube vive estável, fator que pode ser positivo para uma venda. "Futebol só tem tranquilidade ganhando. Mas, na questão financeira, é um clube que não têm dívidas, têm suas dificuldades"

"Não é céu de brigadeiro o tempo todo. O fluxo de caixa as vezes aperta. Mas é um clube que honra com seus compromissos, não têm dividas no mercado, o que é bom para SAF. Quem vier se junta a nós, não vai pagar divida. O dinheiro é para operação", completou.

O ex-presidente e agora CEO, relembrou, mais uma vez, que ao Tricolor do Pici só interessa negociar uma parta minoritária das ações. Além disso, destacou a necessidade de ser um investidor que não entre apenas com dinheiro. "Nosso modelo, que desejamos, é de vender entre 15 e 20% de nossas ações. É o que idealizamos".

"Trazer um parceiro minoritário, escolher muito bem quem é esse parceiro. De preferência que seja alguém que possa agregar a gestão, não só dinheiro. Por exemplo, um grupo que tenha especialização em mídia, que transforme o Fortaleza em uma máquina de gerar mais receitas, patrocínio, relação com torcedor (...)", finalizou.