Fortaleza consolidado no G-4 e Cuiabá na briga contra a queda: o que mudou desde o 5 a 0?

Se sofrer a goleada por 5 a 0 diante do Cuiabá foi, de certa forma, positivo para o Leão do Pici, o efeito inverso ocorreu com o Dourado

Na 9ª rodada da Série A do Brasileiro, Cuiabá e Fortaleza se enfrentaram na Arena Pantanal, no dia 16 de junho. O placar foi para ser esquecido no lado tricolor: 5 a 0. Essa, por sinal, foi a pior derrota da equipe na "era dos pontos corridos" do Brasileirão.

Três meses depois, as equipes voltarão a ficar frente a frente, no domingo, 29, às 16 horas, na Arena Castelão, em situações bem diferentes do que se encontravam à época do confronto no primeiro turno.

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Naquele período, o Leão do Pici, embora tivesse conquistado a Copa do Nordeste algumas semanas antes da derrota acachapante, ainda não tinha 100% a confiança do seu torcedor. Muito disso pelas atuações, que eram aquém do esperado, além da perda do hexacampeonato estadual, que seria inédito na história do futebol cearense.

O resultado adverso, portanto, parecia apenas a "cereja do bolo" para uma fase que não era nada boa, até então. Porém, o que muitos torcedores do Tricolor do Pici não esperavam é que após aquele embate, o Leão teria uma mudança de chave em 2024.

Logo de cara, no jogo seguinte, venceu o Grêmio, por 1 a 0, na Arena Castelão, com gol de Lucero. O desempenho ainda não era aquilo que os leoninos esperavam. Entretanto, a partir de então, o crescimento na performance e na tabela foi acentuado e simultâneo.

O time saiu da 11ª posição, com apenas 11 pontos na tabela, e se consolidou na briga por vaga na Copa Libertadores e pelo título do Campeonato Brasileiro.

Foram 19 vezes que o time entrou em campo. Ao todo, em 13 oportunidades, saiu vencedor. Das vitórias, vale destacar algumas, como a diante do Flamengo, em pleno Maracanã, o 3 a 0 sobre o Palmeiras, no Castelão, e o triunfo contra o Corinthians, por 1 a 0, também no Gigante da Boa Vista, que fez o time dormir na liderança do campeonato.

Em uma fala exclusiva para a coluna de Fernando Graziani, o CEO da SAF do Leão, Marcelo Paz, pontuou que o acumulo de decisões, no período do 5 a 0 para o Cuiabá —  Boca Juniors (Sula), Vasco (Copa do Brasil), Sport e CRB (Copa do Nordeste) — acabou gerando um cansaço físico e mental nos atletas e na comissão técnica.

O fato é que, atualmente, os tempos no Pici são outros. Embora tenha sido eliminado da Copa Sul-Americana, a luta por vaga na Libertadores segue a todo vapor, assim como a taça inédita na Série A. O Tricolor de Aço é o 3º colocado, com 52 pontos, estando a quatro de diferença do líder, Botafogo.

E no Cuiabá, o que mudou?

Se o período pós-goleada foi positivo para o Leão do Pici, o efeito inverso ocorreu com o Cuiabá. Quando se esperava que o time embalasse e se consolidasse mais uma vez na elite do futebol brasileiro, a luta contra o rebaixamento se mostrou como realidade.

Muito embora após a vitória expressiva o escrete mato-grossense tenha batido o São Paulo pelo placar de 1 a 0, em pleno Morumbis, a campanha nos jogos seguintes se apresentou irregular. Assim como o Tricolor cearense, o Cuiabá teve 19 jogos desde o dia 16 de junho.

Foram apenas três triunfos, seis derrotas e dez empates. Para piorar, o Auriverde da Baixada ocupa a 19ª posição do torneio nacional, a vice-lanterna, com apenas 23 pontos. A distância para o Vitória, primeiro clube fora do Z-4, é de cinco.

Nesse período de instabilidade, houve troca no comando da agremiação do Centro-Oeste. O técnico português Petit pediu demissão após série de resultados negativos. Em seu lugar, assumiu Bernardo Franco.

Para sair vitorioso contra o Fortaleza, o Cuiabá se apoia no retrospecto positivo e no tabu de nunca ter perdido para os cearenses na Série A do Brasileiro em jogos na Arena Castelão — três jogos, duas vitórias e um empate.

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