Caio Alexandre reencontra torcida do Fortaleza no Castelão após saída polêmica

O atual volante do Bahia, antes querido no Pici pelo carisma e boas atuações, tornou-se um "vilão" para a torcida do Fortaleza

O duelo entre Fortaleza e Bahia no próximo sábado, 21, marcará o reencontro entre Caio Alexandre e a torcida do Leão na capital cearense após a polêmica saída do volante no início da temporada. Antes figura querida no Pici pelo carisma e boas atuações, o jogador se tornou um “vilão” para grande parte dos adeptos tricolores.

Caio Alexandre chegou por empréstimo do Vancouver Whitecaps ao Fortaleza na temporada de 2022. O volante, que estava sem espaço no clube canadense e enfrentou depressão no país, ganhou destaque no Leão do Pici, sobretudo em 2023, quando se tornou um dos principais pilares do time comandado por Vojvoda – finalista da Sul-Americana e campeão cearense.

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Não apenas pelas ótimas partidas e números relevantes – foram cinco gols e seis assistências, além de liderar diversas estatísticas da equipe –, Caio Alexandre caiu nas graças da torcida tricolor por demonstrar, nos vídeos e em entrevistas, uma identificação “diferente” com o clube. Foi o responsável por criar o bordão “é o Laion, não tem jeito”, marca registrada do Fortaleza em 2023.

A relação desmoronou após o término da última temporada. Passado o vice na Sula e a campanha mediana no Brasileirão, onde o Leão terminou na 10ª colocação, Caio Alexandre, cobiçado por clubes no mercado da bola, mudou a postura perante o Fortaleza. Deixou claro internamente no Pici que tinha o desejo de sair e, a partir disso, criou-se uma desgastante novela.

Em meio ao imbróglio jurídico do caso, que envolveu direitos federativos, econômicos e questões contratuais, Caio Alexandre sequer se reapresentou no Fortaleza no início deste ano para a pré-temporada. O Leão, que inicialmente contava com a permanência do ex-camisa 8, reprovou a postura do atleta em meio às negociações e passou a buscar cifras para a melhor venda possível.

Palmeiras e Corinthians demonstraram interesse, mas foi o Bahia que chegou a um acordo com o Fortaleza e com Caio Alexandre. O Esquadrão, impulsionado pelo Grupo City, desembolsou 5 milhões de dólares, R$ 24,3 milhões na cotação da época. O Tricolor do Pici recebeu 60% do montante, ou seja, cerca de R$ 14,4 milhões, fatia que detinha dos direitos econômicos do atleta.

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O valor foi bem aquém das expectativas dos dirigentes do Fortaleza. O lucro, pelo o que havia investido anteriormente, acabou sendo de apenas R$ 4 milhões. Marcelo Paz, em entrevista, relatou que Caio Alexandre não queria ficar no Leão, apesar das tentativas.

A saída conturbada encerrou qualquer relação de Caio Alexandre com o Fortaleza e sua torcida. No Bahia, agora sob comando de Rogério Ceni, seguiu o mesmo roteiro que mostrou no Leão: carisma, titularidade e boas atuações. Adaptou o bordão para “é o Esquadrão, não tem jeito”, enquanto a versão do tricolor cearense foi esquecida no clube.

Por todo contexto, Caio Alexandre deve encontrar um ambiente hostil na Arena Castelão. O reencontro acontece às 21 horas, em duelo da 26ª rodada da Série A.

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