CEO do Fortaleza, Paz defende fair play financeiro, mas questiona pedidos: "Incoerência"
Dirigente tricolor defendeu o controle financeiro dos clubes brasileiros, mas apontou "incoerência" em alguns dirigentes que pedem tal ferramentaCEO da SAF do Fortaleza, Marcelo Paz se posicionou a favor do fair play financeiro no futebol brasileiro. Em entrevista exclusiva ao Charla Podcast, no Youtube, na última sexta-feira, 30, o dirigente defendeu o controle financeiro dos clubes, mas apontou "incoerência" em alguns dirigentes que pedem tal ferramenta.
"Essa questão do fair play financeiro é assim: 'Quando eu posso pagar mais, não tem fair play, aí quando aparece alguém para pagar mais, tem fair play?' O fair play só vale quando alguém que gasta mais que eu? Quando eu sou o que mais gasta não tem? Isso é incoerência, seja de quem for, não estou apontando nomes."
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"Tem que ter fair play, claro. Um clube não pode dever times e ficar gastando. Está errado. Como se gasta em contratações mais do que o próprio orçamento do clube? Tem que ter algum tipo de controle. Se o clube é muito bom em fazer dinheiro e tem a capacidade de pagar os maiores salários, parabéns para ele. O Flamengo é um baita exemplo para isso. E não estou dizendo que o Botafogo não seja", complementou Paz.
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Nos últimos meses, o dono da SAF do Botafogo, John Textor, virou alvo principal do tema após questionar a responsabilidade financeira do Bahia, que integra o Grupo City.
No entanto, torcedores apontaram ironia nas declarações do empresário norte-americano. Isso porque o Fogão figura no topo da lista de clubes que mais gastaram na temporada com contratações. Ao todo, o time carioca desembolsou R$ 323 milhões.
Em seguida, aparecem Flamengo (R$ 275 mi) e Palmeiras (R$ 193 mi). O Bahia, por sua vez, figura na sétima colocação com R$ 119 milhões gastos. O levantamento foi feito pelo GE.
Fortaleza se fechou para venda de atletas
Em outro momento da entrevista, Marcelo Paz ainda revelou que o Fortaleza preferiu não vender jogadores importantes da equipe na atual janela de transferências.
A medida, de acordo com o dirigente, foi tomada devido o objetivo do clube em entregar resultados esportivos na reta final da temporada. Atualmente, o Leão é vice-líder da Série A e disputa as quartas de final da Copa Sul-Americana.
"Nesta janela, podia ser todo o dinheiro do mundo que não íamos vender. O Fortaleza não vendeu ninguém nessa janela porque a gente acredita no processo esportivo. Queremos entregar resultados nesses meses que faltam e, para isso, temos que ter nossos jogadores. Dinheiro todo mundo precisa, mas a gente priorizou o lado esportivo. Teve assédio, sondagem, mas a gente segurou a onda", disse.