Botafogo investiu o equivalente a 16 folhas salariais do Fortaleza para contratar um atleta

Para tirar Thiago Almada do Atlanta United, o Glorioso desembolsou R$ 123 milhões, o que representa um ano e quatro meses de custo mensal do elenco tricolor

Além dos feitos esportivos e do desafio logístico, a campanha do Fortaleza na Série A, onde é líder isolado, também se notabiliza por um outro aspecto: superar a disparidade de investimento dos rivais que brigam no topo. Para se ter dimensão, o Botafogo, próximo adversário do Leão e vice-líder do campeonato, gastou em uma única contratação neste ano o equivalente a 16 folhas salariais do time cearense.

Para tirar Thiago Almada do Atlanta United, da MLS, o clube carioca desembolsou, à vista, 22 milhões de dólares, o que representa mais de R$ 123 milhões na cotação desta quinta, 29. Caso o jogador atinja metas, o Glorioso precisará pagar mais 3 milhões de dólares — cerca de R$ 16 milhões. O meia argentino, inclusive, é a contratação mais cara da história do futebol brasileiro.

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Mensalmente, o custo do elenco do Fortaleza gira em torno de R$ 7,5 milhões. Ou seja, o valor investido pelo Botafogo na aquisição de Almada banca um ano e quatro meses de salário do escrete tricolor. O valor do jogador é, também, maior que montante total previsto pelo Leão em investimento no futebol profissional para a temporada de 2024.

Na previsão orçamentária deste ano, o Fortaleza projetou R$ 106 milhões de investimento no futebol masculino. Entre as aquisições, a maior operação em 2024 foi o atacante Moisés, que custou US$ 3,8 milhões, em torno de R$ 21,3 milhões — valor que representa 17% do que o Botafogo desembolsou por Almada.

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Somando todas as compras nesta temporada, que inclui Moisés (R$ 21,3 milhões), Luquinhas (R$ 7,33 milhões), Santos (R$ 4,89 milhões), Tomás Cardona (R$ 3,056 milhões), Yago Pikachu (R$ 2,44 milhões) e Eros Mancuso (R$ 8,8 milhões) — este em pagamento parcelado até 2026 —, o Fortaleza não chegou, sequer, à metade do valor que o Botafogo investiu no segundo jogador "mais caro" do elenco.

O atacante Luiz Henrique, que chegou a ser a contratação mais cara do Brasil à época em que foi anunciado pelo Glorioso, custou 16 milhões de euros à vista, quase R$ 100 milhões na cotação atual. O Alvinegro ainda terá de pagar mais 4 milhões de euros — cerca de R$ 25 milhões — caso Luiz Henrique bata metas estipuladas em contrato. Ele é hoje o principal destaque do time, tendo sido convocado para a seleção brasileira por Dorival Jr.

Juntos, os valores de Almada e Luiz Henrique (R$ 223 milhões) somam quase o montante total da previsão orçamentária para exercício de 2024 do Fortaleza, de R$ 258 milhões, que engloba todo planejamento do clube para a temporada. 

Mesmo entre os clubes com menor investimento, o Leão do Pici tem conseguido se sobressair por meio do trabalho de scouting de análise de desempenho, com olhar voltado, sobretudo, para o mercado sul-americano, onde o custo-benefício tem sido interessante para o projeto. Ao todo, são nove não brasileiros no elenco, sendo sete argentinos, um venezuelano e um chileno. 

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