Textor acusa 4 jogadores do Fortaleza de manipulação e clube responde: "Confiamos na índole"

Em relatório divulgado pelo STJD é possível ver os nomes de Tinga e de outros três jogadores que passaram pelo Leão em 2022: Juninho Capixaba, Marcelo Benevenuto e Fernando Miguel. Presidente do Botafogo acusa atletas de manipulação de resultado

16:00 | Jul. 06, 2024

Por: Wanderson Trindade
Em relatório divulgado pelo STJD é possível ver os nomes de Tinga e de outros três jogadores que passaram pelo Leão em 2022: Juninho Capixaba, Marcelo Benevenuto e Fernando Miguel. Presidente do Botafogo acusa atletas de manipulação de resultado (foto: Vítor Silva/Botafogo)

As denúncias do dono da SAF do Botafogo, John Textor, ganharam mais um capítulo. Em relatório divulgado no site do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o americano sugere que quatro atletas do Fortaleza teriam manipulado o resultado de uma partida contra o Palmeiras em 2022.

Sem apresentar provas, Textor afirmou, em abril deste ano, que cinco jogadores do São Paulo manipularam uma partida contra o Palmeiras, resultando em uma goleada de 5 a 0 no Brasileirão de 2023. Além do mais, acusou ainda quatro jogadores do Fortaleza de "excederem limites que estabeleceriam evidências claras e convincentes de manipulação de jogos" durante uma derrota também para o Palmeiras em 2022.

As alegações constam em um relatório disponibilizado publicamente pelo STJD. Diante disso, o auditor da instituição Mauro Marcelo de Lima e Silva recomendou nessa sexta-feira, 5, que o empresário fosse suspenso por seis anos e multado em R$ 2 milhões.

Os atletas do Fortaleza citados foram Tinga, Juninho Capixaba, Marcelo Benevenuto e Fernando Miguel. Apenas o lateral permanece no clube ainda hoje.

Diante da repercussão, o Fortaleza respondeu às acusações com uma nota oficial. O clube destacou que, de acordo com o inquérito desportivo de nº 121/2024, publicado pelo STJD, não há nenhuma acusação formal contra o clube ou seus atletas. “Na verdade, somos citados como vítimas em três artigos que ‘ofendem a honra, de forma contrária à ética desportiva, por erro grosseiro ou sentimento pessoal’”, evidencia.

"A nossa instituição, centenária e de história honrada no futebol brasileiro e continental, preza por valores morais e éticos desde a sua fundação. Repudiamos processos apresentados sem provas e lutamos sempre a favor de um futebol justo e competitivo, dentro e fora das quatro linhas", afirma o comunicado.

O clube reafirmou sua confiança nos jogadores citados, elogiando a dedicação e a honra com que sempre representaram a equipe. "Confiamos na índole do nosso capitão Tinga e demais atletas citados com passagem pelo nosso clube (Juninho Capixaba, Marcelo Benevenuto e Fernando Miguel), que sempre honraram a camisa do Tricolor de Aço”, continua.

O Fortaleza também se colocou à disposição da Justiça para qualquer tipo de esclarecimento oficial e enfatizou que espera que Textor enfrente “as devidas consequências”.