Presidente e vice de organizada do Sport são presos por envolvimento em atentado contra o Fortaleza
As prisões fazem parte da Operação Hooligans, criada para investigar o atentado sofrido pela delegação do Fortaleza após partida contra o Sport, em Pernambuco, pelo NordestãoO presidente e vice-presidente da torcida organizada do Sport foram presos nesta quarta-feira, 3, como parte da Operação Hooligans, por envolvimento direto ou indireto no ataque ao ônibus que levava a delegação do Fortaleza. Alessandro Carvalho, secretário de Defesa Social de Pernambuco, confirmou a informação em entrevista coletiva.
Segundo o secretário, a investigação inicial apontou entre 80 e 100 pessoas envolvidas no atentado contra jogadores, comissão técnica e dirigentes do Fortaleza, que foram atacados com bombas e pedras momentos após o jogo contra o Sport, na madrugada do dia 22 de fevereiro, pela Copa do Nordeste. Alessandro ressaltou que a Operação Hooligans, criada para investigar o caso, conseguiu indício criminal de 14 participantes.
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“Nós temos que, em uma investigação, se ater à verdade real e ao que pode ser provado. Conseguimos ter o indício de 14 participantes, que foram pedidos o mandato de prisão e mandados de busca. O que acontece em uma operação? Temos a fase de investigação, fase ostensiva, deflagra, cumpre e colhe mais informações. As informações colhidas nesta fase são de que existe envolvimento direto do presidente e vice-presidente da torcida organizada do Sport”, explicou.
Até o momento, desde que a Operação Hooligans foi instaurada, seis pessoas tiveram o mandado de prisão efetuado — ainda há mandados em aberto contra outros suspeitos que estão foragidos. As investigações estão ocorrendo sob o comando da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva.
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“Foram expedidos mais dois mandados de prisão contra eles (presidente e vice-presidente) e me informaram que acabaram de ser cumpridos. Os dois principais. O primeiro e o segundo da torcida organizada. E isso é um desdobramento. As informações que vierem dessa diligência podem resultar em outras diligências de outros pedidos. A informação é essa. A prisão dos dois por envolvimento direto ou indireto no ataque ao ônibus do Fortaleza”, concluiu Alessandro.
Os primeiros três suspeitos foram detidos no dia 15 de março, 22 dias após o atentado. Na ocasião das prisões, o chefe da Polícia Civil pernambucana, Renato Rocha, explicou que a investigação foi complexa em razão de fatores como falta de câmeras na rodovia, má iluminação e grande número de pessoas e veículos envolvidos.
Vale ressaltar que, durante a investigação, a Polícia Civil de Pernambuco chegou ao consenso de que o ataque foi algo premeditado. Na ocasião, jogadores e comissão técnica sofreram escoriações, alguns com ferimentos graves, como Titi, que precisou passar por procedimento cirúrgico, e Escobar, que sofreu um traumatismo cranioencefálico e precisou levar 13 pontos na cabeça.