Um mês após atentado, Fortaleza solta nota sobre o acontecimento; relembre desdobramentos

Com o efeito suspensivo da punição ao Sport e apenas quatro presos, o clube segue em busca de respostas sobre o atentado

O atentado contra o ônibus da delegação do Fortaleza, após o jogo contra o Sport, completa um mês nesta sexta-feira, 22. Desde o acontecimento do episódio, diversos desdobramentos ocorreram, desde prisões a punições. Sobre a data do ocorrido, o Fortaleza soltou na manhã de hoje uma nota e afirmou que segue acompanhando o caso. 

Confira a nota na íntegra:

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“Hoje marca de forma simbólica 30 dias do atentado contra atletas, diretoria e comissão técnica do Fortaleza, após o jogo contra o Sport-PE pela Copa do Nordeste, em Recife.

O Fortaleza Esporte Clube segue acompanhando as investigações, na esperança de que todos os criminosos sejam identificados e devidamente punidos por seus atos.

Com indignação, repúdio e tristeza, seguimos como uma voz ativa e permanente em busca de uma melhoria no futebol brasileiro, no tocante ao problema da violência, dentro e fora dos estádios”

Punição ao Sport

No dia 12 de março, em decisão unânime durante julgamento do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Sport foi punido em uma multa de R$ 80 mil e oito jogos como mandante com portões fechados. Entretanto, nessa quarta-feira, 20, o STJD concedeu efeito suspensivo da medida, fazendo com que o Leão do Norte pudesse voltar a ter torcida nas arquibancadas – com exceção das organizadas .

Mesmo à revelia da Federação Cearense de Futebol (FCF), a decisão foi mantida por Felipe Bevilacqua, relator e auditor do processo. De acordo com a FCF, devido à recorrência de episódios de violência envolvendo a torcida do Rubro-Negro, a punição equivalente ao atentado seria a expulsão do Sport da Copa do Nordeste.

Punição aos responsáveis

O ônibus que transportava a delegação do Leão do Pici foi atacado com bombas e pedras por cerca de 80 pessoas. Dentre os responsáveis pelo crime, apenas quatro suspeitos foram detidos por tentativa de homicídio até o momento. A prisão mais recente aconteceu nessa terça-feira, 19.

Na operação denominada Hooligans, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), um jovem de 19 anos foi detido em Recife sob suspeição de ter confeccionado um dos explosivos que foram utilizados contra o ônibus tricolor. A operação tem também mandados de prisão abertos contra suspeitos foragidos. As investigações seguem a cargo da Delegacia de Repressão à Intolerância Esportiva.

Consequências

Entre jogadores e membros da comissão que foram atingidos durante o atentado, os casos dos jogadores Titi, Escobar, João Ricardo, Dudu, Brítez e Sasha foram os mais preocupantes. No caso do lateral Gonzalo Escobar, o jogador teve um traumatismo cranioencefálico e precisou levar 13 pontos na cabeça. De acordo com o Fortaleza, faltou apenas 1,5 cm para que o defensor pudesse ter consequências fatais. Atualmente, todos os jogadores que sofreram lesão já retornaram a campo.

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