Polícia de Pernambuco ouve novas testemunhas de atentado ao Fortaleza

Caso tem avanço sob sigilo nas investigações. Mais de 15 pessoas já prestaram depoimento e um disque denúncia foi aberto

19:00 | Fev. 27, 2024

Por: Iara Costa
Ônibus do Fortaleza foi atacado com bombas e pedras a caminho do Recife (foto: Reprodução)

De maneira sigilosa, a Polícia Civil de Pernambuco tem avançado nas investigações de identificação dos torcedores que apedrejaram o ônibus do Fortaleza na última quinta-feira, 22, após empate diante do Sport, onde seis atletas do Tricolor ficaram feridos.

Além de colher o depoimento do jovem que assumiu a autoria de uma das pedradas no atentado, o órgão tem ouvido possíveis testemunhas do caso. De acordo com o Globo Esporte PE, mais de 15 pessoas já prestaram depoimento, que tem sido colhido em Olinda, na Delegacia de Polícia de Repressão a Intolerância Esportiva.

Pelo sigilo das investigações, a entrada no local tem sido restrita nos últimos dias.

Além da ida direta a uma delegacia, a Polícia de PE também tem colhido informações por meio de um disque denúncia, com a oferta de R$ 1 mil reais em recompensa para quem ajudar nas investigações de modo que as informações resultem em prisões. A testemunha interessada em colaborar deve entrar em contato com os números ( 81) 3719-4545 ou pelo Whatsapp (81) 98256-4545.  

Como foi o depoimento do jovem que assumiu autoria de pedrada

Em depoimento de cerca de 40 minutos, na companhia do advogado, um jovem de 19 anos relatou que teria entrado em um ônibus fretado por outros torcedores pela ausência de transporte coletivo após o empate entre os times. No trajeto para casa, o veículo teria parado para prestar auxílio a um outro ônibus, de torcida organizada, que estaria com defeito e, enquanto recebia ajuda, a organizada teria sido avisada que um veículo de grupo de torcida organizada rival estaria se aproximando deles.

Com a informação, o grupo teria se munido de pedras e, quando um ônibus se aproximou, foi atingido pelas janelas, que foram quebradas. O ônibus se tratava, no entanto, da delegação do Fortaleza e não de qualquer torcida organizada.

Em entrevista à TV Jornal, o advogado negou que a aliança do homem com a Torcida Jovem do Sport, apesar de confirmar que ele estaria vestido com a camisa do grupo e de ter preferência por assistir jogos no setor onde o coletivo se localiza. Após depor, ele foi liberado pela Polícia.