Vojvoda relembra gritos e diz que temeu por mortes em atentado a ônibus do Fortaleza

O comandante argentino, em entrevista à Placar, cobrou punições severas e destacou que o clube não está em "igualdade de condições" para retornar ao campo

O treinador do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, relembrou os momentos de terror que viveu dentro do ônibus do clube durante o atentado protagonizado por torcedores do Sport na última quarta-feira, 21. Em entrevista à Placar, o comandante argentino disse que temeu por mortes.

“Escutei uma explosão muito forte, aí começaram os gritos. Foi uma pedra com uma bomba, que explodiu dentro do ônibus. A pedra acertou, poderia ter uma vítima fatal. Nesses cinco segundos, eu pensei em vítimas fatais. De verdade”, narrou Vojvoda.

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A pedra citada pelo treinador atingiu a cabeça do lateral Gonzalo Escobar, que ficou com o rosto completamente machucado - levou 13 pontos e teve um trauma cranioencefálico. Além dele, outros cinco jogadores tiveram ferimentos agudos e precisaram de atendimento hospitalar. Para o comandante do Leão, é necessário “punições muito severas” para que esse tipo de situação seja cortada pela raiz.

“O único jeito de resolver são punições muito severas. Não é por um clube, ou por outro, mas muitas vezes tem que cortar o mal pela raiz. Gosto muito dos mosaicos, gosto muito que continuem jogando com ambas torcidas, mas também há um limite. Você não pode passar de determinados limites”, enfatizou.

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No desembarque da delegação na capital cearense, na última quinta, 22, o capitão e ídolo do Fortaleza, Tinga, enfatizou que o elenco está decidido a não jogar futebol enquanto todos os feridos não estiverem totalmente recuperados. Vojvoda comentou sobre o tema e disse que o clube não está em “igualdade de condições” para jogar.

“Perdi seis jogadores por uma coisa que não foi dentro do campo, que foi fora do normal […] O Titi tem um vidro na panturrilha. Bom, para uma pessoa que não joga futebol, você corta, abre, tira e recupera em dois meses. Mas você não pode cortar em uma sala de emergência um jogador profissional para tirar um vidro, porque isso pode comprometer sua carreira. Não estamos em igualdade de condições, estamos em desvantagem”, analisou.

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