CBF divulga áudio do VAR da partida entre Fortaleza e Flamengo no Castelão

A CBF divulgou, nesta terça-feira, 7, os áudios do VAR da partida entre Fortaleza e Flamengo, na Arena Castelão, que aconteceu no último domingo, 5. Na ocasião, o Tricolor foi derrotado por 2 a 0 e ficou na bronca com a arbitragem. O lance que gerou maior insatisfação dos cearenses aconteceu no primeiro gol do time carioca, quando os jogadores do Leão pediram uma falta em Lucas Sasha. O juiz de campo, Anderson Daronco, entendeu como choque normal e a decisão foi mantida pelos árbitros de vídeo.

A partida já caminhava para o intervalo quando o Rubro-Negro abriu o placar. No início da jogada, Luiz Araújo dividiu com Lucas Sasha e, na sequência, os visitantes marcaram um gol com Pedro. Os atletas do Tricolor do Pici pediram falta no camisa 88, mas o árbitro nada marcou. 

 

O áudio do VAR divulgado pela CBF mostra a conversa entre os árbitros Anderson Daronco e Daniel Nobre Bins (VAR), que tiveram a mesma interpretação no lance. “Tem uma disputa. O jogador trisca na bola, depois uma disputa normal. O jogador adversário se desequilibra, mas nada proposto pelo jogador do Flamengo”, afirmou o VAR. 

A divulgação do áudio ocorreu na vigésima terceira edição do "Papo de Arbitragem", quadro da CBF onde o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Wilson Seneme, comenta os lances mais discutidos da rodada e esclarece as decisões. O programa contou também com a participação de Péricles Bassols, gerente técnico do VAR.

“Esse é o grau de dificuldade de ações com contatos físicos. É estabelecer o que é um contato de jogo”, comentou o presidente da comissão ao tratar da dificuldade do lance para a interpretação da arbitragem. Ele finalizou concordando que o contato inicial foi na bola, mesmo que exista um segundo toque, onde o jogador do Fortaleza já estava desequilibrado. Wilson ainda ressaltou o bom posicionamento de Anderson Daronco no momento do lance.

Outro lance debatido durante o programa foi o possível pênalti para o Flamengo no toque de mão do zagueiro Emanuel Brítez. Nesta segunda ocasião, a concordância entre arbitragem de campo e de vídeo também ocorreu. No lance, o zagueiro argentino se lança de carrinho para travar o chute adversário. A bola passa e acaba pegando no seu braço que ia de encontro ao chão. Os árbitros entenderam que o movimento do membro não é intencional e que servia como apoio, o que não configura penalidade conforme a regra.

Por Rangel Diniz/Especial para O POVO