Caso Lucero: Fortaleza aguarda resposta ao pedido de efeito suspensivo até sexta
Atacante argentino segue rotina de treinos enquanto aguarda parecer da Corte Arbitral do Esporte. Em caso de resposta positiva, Tricolor já contaria com o camisa 9 diante do Inter, no sábado, 19Oito dias depois da decisão da Câmara de Resolução de Disputas da Fifa que o suspendeu por quatro meses, o atacante Juan Martín Lucero mantém a rotina de treinos e segue em compasso de espera sobre a volta aos gramados. O Esportes O POVO apurou que o Fortaleza aguarda uma resposta da Corte Arbitral do Esporte (CAS, em inglês) ao pedido de efeito suspensivo até a próxima sexta-feira, 18.
No último dia 8, a entidade máxima do futebol notificou o argentino e o clube das punições em razão do imbróglio contratual com o Colo-Colo, do Chile: o camisa 9 levou gancho de quatro meses sem disputar partidas oficiais, enquanto o Tricolor sofreu um transfer ban — ou seja, está impedido de registrar novos jogadores — nas duas próximas janelas de transferências.
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Dois dias depois, tanto Fortaleza quanto Lucero — as duas partes contam com advogados contratados para o caso — já tinham entrado com recurso e pedido de efeito suspensivo na CAS. Este último serviria para que o atacante seja liberado para jogar e o Leão possa voltar a contratar até que haja nova decisão em instância superior.
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O atacante foi cortado do jogo contra o Libertad-PAR, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, no vestiário do Castelão e também desfalcou a equipe na goleada por 4 a 0 sobre o Santos, no domingo passado, 13. El Gato recebeu apoio dos companheiros e segue a programação de atividades com o restante do elenco normalmente.
O Esportes O POVO soube que as partes tratam com otimismo o deferimento do efeito suspensivo até sexta, data apontada com prazo máximo para uma resposta da CAS. Por sinal, será a véspera do embate do Fortaleza contra o Internacional, no Beira-Rio, pela 20ª rodada da Série A. Lucero, então, já poderia integrar a delegação na viagem para Porto Alegre, a depender da situação.
Caso Lucero: o imbróglio na Fifa
A Câmara de Resolução de Disputas da Fifa considerou que o Fortaleza induziu o camisa 9 a quebrar o contrato com o Colo-Colo e que o clube cearense não apresentou evidências para provar o contrário. Já o jogador teria rescindido o vínculo sem um motivo de justa causa.
Três juristas foram responsáveis pelo caso por parte da entidade máxima do futebol: a brasileira Lívia Silva Kägi, vice-presidente da Câmara, a argentina Stella Maris Juncos e o costa-riquenho Jorge Gutiérrez.
O Esportes O POVO apurou que o Leão também estuda abrir conversas com o Colo-Colo para chegar a um acordo. Neste caso, a equipe chilena informaria o acerto à Fifa, o que derrubaria o transfer ban — os tricolores estão impedidos de registrar novos jogadores nas duas próximas janelas, no início e na metade de 2024.
Na ação, o Cacique inicialmente pedia 2,1 milhões de dólares (R$ 9,8 milhões na cotação atual), que deveriam ser pagos por Fortaleza e Lucero, juntos. No entanto, a Câmara entendeu que nem os brasileiros nem o atacante deveriam desembolsar cifras aos chilenos. Mas este pode ser o caminho para o entendimento. Um montante próximo a 600 mil dólares (em torno de R$ 2,9 milhões) é bem visto pelo Colo-Colo, e o Leão avalia abrir conversas nestes termos.
Mas a equipe do Pici não vê necessidade de pressa nesta hipótese. O transfer ban não tem impacto imediato e em caso de deferimento do efeito suspensivo, a situação de Lucero também não geraria consequência imediata. Além disso, acredita que pode ter sucesso no recurso ao CAS. Por outro lado, o acordo com o antigo clube do camisa 9 encerraria de vez um imbróglio que pode se arrastar nos tribunais.