Construção de estádio não é objetivo do Fortaleza para arrecadação com SAF

Vice-presidente do Tricolor, Geraldo Luciano elencou as prioridades do clube para o uso de um novo aporte que deve ocorrer futuramente, com venda minoritária da SAF

Com boa condição financeira, inclusive, tendo zerado as dívidas trabalhistas, o Fortaleza pensa em criar uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF) para ser mais um meio de arrecadação financeira com o intuito de investir no futebol do clube.

+Exclusivo: vice-presidente explica ideias do Fortaleza para se tornar SAF

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A parte de infraestrutura também será beneficiada com o dinheiro que o Tricolor arrecadar, futuramente, com a primeira venda de uma parte da SAF — o clube quer adotar o modelo de participações minoritárias e vender entre 10% e 15%, o que garante a manutenção do controle pela diretoria executiva. O primeiro vice-presidente do Fortaleza, Geraldo Luciano, responsável pela “preparação do terreno” para a implantação do mecanismo, disse, no entanto, que a construção de um estádio próprio não está nos planos neste momento.

“É muito interessante o clube ter um estádio, uma arena, mas óbvio que se estamos falando em uma venda de uma participação pequena, 10% ou 15%, estamos falando de valores em R$ 40 milhões ou R$ 50 milhões, não podemos enganar nosso torcedor. Não podemos dizer que esse dinheiro é pra construir estádio. Uma arena de 30 mil ou 40 mil lugares vai custar algo em torno de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões. É importante que a gente esclareça isso”, explicou o dirigente.

Geraldo acredita, no entanto, que se o Fortaleza continuar no processo de crescimento que vem galgando, dentro de dois ou três anos será possível iniciar um projeto de construção de uma arena.

O que for arrecadado com a SAF que o clube pretende implantar, segundo o vice-presidente, está definido em três pontos: “O objetivo de curto prazo é reforço de caixa para que o clube continue tendo elenco de qualidade para que possa ter boas participações no campeonatos que disputa, sobretudo na Série A; melhora da governança e aproximar o clube do mercado de capitais”, informou.

Não há um prazo definido para que o Tricolor abra uma SAF. O estágio de momento é o de preparação de documentos e estudos em ajustes no estatuto do clube para que o mecanismo possa ser incorporado.

“Não estamos preocupados com o tempo, pode ser daqui a 30, 60, 90 dias ou no próximo ano. Nossa preocupação é apresentar aos conselheiros e sócios algo que é importante para dar continuidade da projeção do clube, como tem ocorrido nos últimos anos. É o tempo em que tudo ficar pronto e que a gente tenha segurança que possa levar para discutir. Não temos um cronograma definido”, comentou Geraldo Luciano.

Ouça a entrevista de Geraldo Luciano, vice-presidente do Fortaleza, sobre SAF:

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