Colo-Colo aciona a Fifa contra Lucero e pede multa de mais de R$ 10 milhões
No processo, o clube chileno acusa ainda o Tricolor do Pici de ter induzido o descumprimento do contrato que vencia em dezembro de 2025O Colo-Colo, do Chile, entrou com ação na Fifa contra o jogador Lucero, do Fortaleza. O clube solicitou quantia de cerca de R$ 10,6 milhões (U$ 2,1 milhões), além de sanção desportiva de quatro a seis meses que proibiria o atacante de disputar jogos. A informação foi publicada pelo portal chileno En Cancha.
O documento, ao qual o veículo teve acesso, aponta que o contrato do argentino não tinha cláusula de saída. No processo, o Colo-Colo acusa ainda o Fortaleza de ter induzido o descumprimento do contrato que vencia em dezembro de 2025.
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Caso seja condenado, o atleta e o Fortaleza poderão apelar à Câmara de Apelações da Fifa e ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS). O prazo para a resolução do caso é até o fim de 2024.
Juan Martín Lucero chegou ao Pici em janeiro deste ano com vínculo até o final de 2025. O argentino é o artilheiro do Fortaleza em 2023. Pelo escrete vermelho-azul-branco, são 12 gols marcados e seis assistências cedidas em 21 jogos.
Entenda o caso
O argentino de 31 anos possuía contrato com o Colo-Colo, mas aceitou proposta do Fortaleza em janeiro de 2023. À época, o clube foi resistente à liberação do jogador e afirmou que buscaria nos tribunais uma resolução.
De acordo com o jornalista Cesar Luis Merlo, do portal En Cancha, os chilenos desembolsaram 900 mil dólares (em torno de R$ 4,8 milhões) para ter Lucero por mais três temporadas e o vínculo definitivo tem multa de 1 milhão de dólares (R$ 5,34 milhões na cotação atual). E é este o principal ponto de discórdia no cenário atual.
O Colo-Colo entende que este montante seria uma cláusula de penalidade para a quebra de contrato antecipada, podendo ser acionada apenas a partir de 2024, e, além disso, ainda seria necessário pagar um valor pela negociação em si. O estafe do argentino, por sua vez, entendia que o contrato tinha, sim, multa rescisória, e que o pagamento era suficiente para tirá-lo do Colo-Colo. Em meio ao imbróglio, o Fortaleza se via respaldado juridicamente para concretizar a transferência sem sofrer qualquer sanção.