Jogador do CSA denuncia injúria racial de torcedores do Fortaleza no PV

Segundo relato do zagueiro Douglas, o momento aconteceu durante o aquecimento dos jogadores reservas do CSA no intervalo da partida

Os jogadores do CSA, que enfrentam o Fortaleza na noite desta sexta-feira, 17, pela Copa do Nordeste, denunciaram no intervalo da partida que sofreram injúria racial. Segundo relato do zagueiro Douglas, as ofensas vieram da arquibancada do PV, onde se concentrava a torcida do Tricolor.

De acordo com a denúncia, o momento aconteceu enquanto os atletas aqueciam no campo durante o intervalo da partida, quando foram chamados de “cabelo de vassoura”. Ainda segundo Douglas, a acusação foi levada à Polícia Militar, que não demonstrou nenhuma atitude para apurar o caso.

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No Presidente Vargas, o Fortaleza prontamente se colocou à disposição para identificar o autor do crime e, consequentemente, ajudar a Polícia Militar na investigação da denúncia - também segundo relatos, a PM foi até a arquibancada tentar identificar o autor, mas sem sucesso.

O Esportes O POVO apurou que a CBF não relatará a denúncia em súmula. O representante da entidade averiguou o caso com os policiais, mas os mesmos disseram que não houve identificação do caso de racismo. A PM disse, também, que não escutou nada e que não teve testemunha.

CBF estabelece punições esportivas em casos de racismo

Na última terça-feira, 14, a CBF definiu, durante o Conselho Técnico realizado em sua sede, no Rio de Janeiro, a possibilidade de punição esportiva aos clubes em caso de racismo, que envolvem multas financeiras e até perda de pontos. A decisão deve entrar em vigor já a partir da próxima semana, com o início da Copa do Brasil.

Ou seja: as equipes poderão perder pontos em caso de atos discriminatórios cometidos até por torcedores nos estádios neste ano. A entidade brasileira é a primeira do mundo a fazer essa inclusão em seu Regulamento Geral de Competições (RGC). Na reunião, o Fortaleza se colocou favorável à decisão.

"A luta contra o racismo tem pressa. Medidas vêm sendo discutidas há séculos e nunca colocadas em prática. A CBF está fazendo a sua parte. Decidimos avançar ainda mais nas punições e podemos tirar até um ponto de um clube em uma das nossas competições", iniciou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Com informações de Lucas Mota.

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