Colo-Colo promete não facilitar saída de Lucero ao Fortaleza: "Defenderemos nossos direitos"

O atacante argentino é alvo do Leão do Pici e busca deixar de clube chileno para se mudar ao Brasil

A novela envolvendo o nome do atacante Juan Martin Lucero, que é alvo do Fortaleza, ganhou mais um importante capítulo na noite desta terça-feira, 3. A diretoria do Colo-Colo, clube dono dos direitos do atleta, concedeu entrevista coletiva e comentou sobre o caso.

O presidente da equipe, Alfredo Stöhwing, foi um dos que falou na entrevista coletiva. O mandatário afirmou que o contrato de Lucero não possui cláusula de saída “em nenhum momento”. Ele ainda prometeu um comportamento “mais duro possível” nesta situação:

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"O contrato não tem cláusula de saída em nenhum momento. Claro que vamos tomar medidas contra todas aquelas pessoas que resultam responsáveis nos termos legais. Consideramos uma violação grave do contrato e que prejudica, com certeza, o patrimônio tanto financeiro como esportivo do clube. Vamos ter o comportamento mais duro possível nessa situação", disse o presidente.

"Faz vários dias que começaram rumores sobre sua postura e permanência no clube. Recebemos uma comunicação formal e oficial. Daniel Morón (gerente desportivo) se reuniu em diversas oportunidades com Juan Martín e falou claramente sobre o seu contrato e a posição do clube. Ele não ouviu essa recomendação e não seguiu essa postura. Nós lamentamos muito. Fizemos um grande esforço por ele, com três anos de contrato e uma cláusula bastante custosa", completou.

O presidente do Colo-Colo confirmou que o clube interessado em contar com Lucero é o Fortaleza. Alfredo se disse surpreendido com a postura adotada pela diretoria do time cearense, devido a relação criada na Copa Libertadores da América de 2022, quando as equipes se enfrentaram:

"Esse clube seria o Fortaleza, do Brasil. O que também nos surpreende, porque enfrentamos eles na Copa Libertadores e estabelecemos uma boa relação. Temos ou tínhamos uma boa impressão sobre os seus dirigentes. Portanto, também nos surpreende e quero crer que foram muito mal assessorados”, falou Alfredo.

Para finalizar, Alfredo Stöhwing deixou claro que o Colo-Colo irá até as “últimas consequências” para defender os próprios direitos. Na mesma fala, ele novamente afirmou que não existe cláusula de saída no contrato de Juan Martin Lucero:

"A decisão do Colo-Colo é que não se joga com os interesses do clube. Vamos até as últimas consequências. Também tentamos contato com o clube Fortaleza, através do setor pessoal, fazendo chegar a informação que cremos que é necessária e qual a verdade das circunstâncias de tudo isso. Isso é o que sabemos nesse momento. Defenderemos nossos direitos com todo o peso da lei. Juan Martín tem contrato vigente até o fim de 2025, não tem cláusula de saída e essa é nossa última palavra a esse respeito", finalizou o presidente.

Quem também comentou sobre o assunto foi Daniel Morón, diretor esportivo do Colo-Colo. Ele revelou ter se encontrado com Lucero quatro vezes para conversar sobre o assunto. O atacante deixou claro o desejo de se mudar para o Fortaleza:

"Me reuni com Juan Martín quatro vezes na última semana, fiz saber a opinião que temos, os advogados do clube, que seu contrato não tem cláusula de saída. Ele me disse que era muito importante para ele o contrato (com o Fortaleza), um contrato milionário, e que, nesse caso, iria seguir adiante. O Colo-Colo é a equipe mais importante do país, uma das mais importantes da América do Sul e vestimos a camiseta deste clube. Não se joga apenas por dinheiro, mas também se jogar por honra, dar alegria a nossa gente. Só tem que estar aqui quem quer estar no Colo-Colo", Daniel Morón, diretor esportivo.

Fortaleza vê respaldo jurídico para contratar Lucero

A situação de Juan Martín Lucero no mercado da bola movimenta os bastidores nos primeiros dias de 2023. O argentino de 31 anos tem contrato com o Colo-Colo, do Chile, mas aceitou proposta do Fortaleza e tem acordo encaminhado. O Cacique sinaliza a intenção de endurecer a transação, mas o clube do Pici vê respaldo jurídico para realizar a operação sem qualquer tipo de sanção, apurou o Esportes O POVO.

O Colo-Colo indicou que pode dificultar a mudança de clube de Lucero e até bloquear a documentação do jogador para impedir que a transferência seja concluída e o Fortaleza não consiga registrá-lo no BID da CBF, podendo levar o caso à Fifa. No Pici, em meio ao sigilo e à cautela sobre o tema, a garantia é de que o caso foi estudado sob todos os aspectos para conseguir um desfecho positivo e evitar sanções desportivas ou financeiras.

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