Leandro Zago é apresentado como novo técnico do sub-20 do Fortaleza

O treinador de 41 anos foi apresentado oficialmente pelo Leão do Pici à imprensa na tarde desta terça-feira, 6, no CT Ribamar Bezerra

18:52 | Dez. 06, 2022

Por: Guilherme de Andrade
Leandro Zago é o novo técnico do time Sub-20 do Fortaleza (foto: Mateus Lotif / Fortaleza EC)

O Fortaleza surpreendeu ao anunciar a chegada do técnico Leandro Zago, promessa do mercado brasileiro de treinadores, para comandar a equipe sub-20 do clube. Nesta terça-feira, 06, o comandante foi apresentado oficialmente à imprensa e comentou sobre a chegada ao Leão do Pici.

Mesmo voltando a treinar uma equipe sub-20 após ter experiências nos times profissionais do Joinville e Botafogo-SP, Leandro Zago enxerga a chegada ao Fortaleza como um passo importante dentro da carreira. Ele afirma que a decisão foi tomada pensando no crescimento:

“Essa decisão que eu tomei é de crescimento de carreira. Eu vejo como um passo muito importante dentro da minha carreira, eu vejo como um crescimento, porque eu estou vindo para uma grande equipe da Série A, uma equipe hoje que está no 7º lugar no ranking da CBF. Então eu olho para isso como um crescimento de carreira. Eu estive em equipes profissionais, mas que estão em divisão de acesso, que não disputam competições internacionais”, afirmou.

“Eu olho muito para a minha carreira nesse processo de formação, de amadurecimento. Eu não tenho essa ansiedade, essa pressa, de queimar etapas. Eu quero estar preparado, cada vez mais preparado. Eu vejo que aqui é mais um lugar onde eu posso oferecer meus conhecimentos, meu trabalho, minha entrega no dia a dia, mas também vou receber muito conhecimento de volta”, completou.

Após conseguir resultados expressivos no profissional, o Fortaleza agora tem o desejo de elevar o nível das categorias de base. Zago afirmou que o seu objetivo dentro do clube é justamente ajudar neste processo. Na mesma resposta, ele ainda ressaltou a importância do desenvolvimento das divisões inferiores para a consolidação do clube:

“A equipe crescer em desempenho no profissional, por arrasto ela tem que elevar seu desenvolvimento de atletas. E esse é o objetivo hoje do clube, e é justamente para isso que a gente está aqui. Porque se ela não se torna sustentável, esse sucesso não é sustentável. Então o clube tem essa visão e isso é importante. Eu sinto que é um momento do clube que ele está olhando muito forte para isso, nesse momento ele quer justamente esse desenvolvimento para poder se consolidar. Não por acaso as grandes receitas do futebol brasileiro investem muito na base e ganham muito dinheiro, e desempenho técnico, com jogadores formados em casa, que são grandes complementos de elenco e muitas vezes protagonistas. Então a formação é importante em todos os níveis”, ressaltou.

O sucesso de Vojvoda no Leão do Pici chama atenção também de outros treinadores do país. Este é o caso de Zago, que revelou ter admiração pelo trabalho do comandante estrangeiro. Na resposta, ele revelou que o técnico argentino é um dos analisados dentro do curso que ministra na CBF, além de torcer para ter uma oportunidade de acompanhar de perto o trabalho do companheiro na equipe profissional:

“É um treinador que eu admiro. Sou instrutor do curso da CBF e dentro do meu curso, algumas horas são dedicadas a analisar os treinadores estrangeiros e ele é um dos treinadores que eu coloco dentro do curso como análise do trabalho, justamente porque ele chama atenção. Coloco ele no pacote do Abel Ferreira, do Jorge Jesus, Sampaoli, treinadores estrangeiros que trouxeram coisas diferentes para o Brasil e enriquecedoras para o nosso jogo. Então assim, é um treinador que a gente está atento no que ele faz. Óbvio que eu adoraria ter a oportunidade de acompanhar, observar, entender as ideias, em algum momento assistir treinamento e acredito que a gente vá ter essa oportunidade”, disse.

Para finalizar, Leandro Zago destrinchou o próprio modelo de jogo. O técnico do sub-20 revelou gostar de um time intenso, que pressiona o jogador adversário que estiver com a bola, e de um ataque vertical:

“Um jogo muito intenso, de muita pressão sobre o jogador da bola e muito vertical. Isso são ideias que são importantes que a gente tenha e que a gente vai buscar construir ao longo do tempo. Demanda tempo, porque são comportamentos normalmente os jogadores não trazem com eles dos processos. Eu já estou entrando no meio de um processo, então eu não pego os jogadores zerados. Eu pego eles com algum conteúdo para poder aumentar isso. Em relação ao esquema tático, isso tem que ser ajustável de acordo com as características dos jogadores.O que a gente não pode abrir mão é o que está na cultura do clube, que é buscar sempre recuperar rápido a bola, ser forte nas transições, buscar finalizar muitas vezes”, finalizou.