Em jogo de poucas emoções, Fortaleza empata sem gols com o Atlético-MG
Com o resultado, o Tricolor do Pici passa a ocupar a 10ª posição e chega aos 45 pontos, dois a menos que o São Paulo, atual oitavo colocadoEm jogo de poucas emoções com a bola rolando, Fortaleza e Atlético-MG empataram sem gols na noite desta segunda-feira, 24, na Arena Castelão, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Tricolor do Pici passa a ocupar a 10ª posição e chega aos 45 pontos, dois a menos que o São Paulo, primeira equipe a compor o G-8, zona que deve garantir vaga na pré-Libertadores de 2023.
O Leão volta a campo na quinta-feira, 27, para encarar o Coritiba, que luta contra o rebaixamento à Série B. O duelo acontece novamente no Gigante da Boa Vista, cenário muito favorável para o escrete vermelho-azul-e-branco, tendo em vista que o Alviverde é o pior visitante do certame, com somente dois pontos somados em 16 jogos – ou seja, 4% de aproveitamento.
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O jogo
A entrada do elenco do Fortaleza para a partida aconteceu sob a atmosfera de uma verdadeira decisão, clima potencializado pelo contexto que o confronto representava para o Tricolor: uma vitória simples garantiria a 7º colocação da Série A ao término desta rodada. Na arquibancada, que contou com mais de 43 mil torcedores, as imagens de Alcides Santos, fundador do clube, e Marcelo Paz, atual presidente, foram erguidas por meio de uma grande bandeira em homenagem aos 104 anos de história do Leão.
Com a bola rolando, o Atlético-MG tomou as primeiras iniciativas no ataque, mas sem conseguir levar perigo real ao gol defendido por Fernando Miguel. O Fortaleza, mais cauteloso, adotou postura reativa, executando um bloco de marcação médio e intensificando as ações defensivas a partir do setor central. Na maior parte do primeiro tempo, o Galo manteve a posse de bola ao seu favor (64,8% x 35,2%), enquanto o Leão buscou explorar as transições em velocidade.
No geral, os primeiros 45 minutos foram de pouca emoção, onde a organização defensiva de Fortaleza e Atlético-MG se sobressaiu em relação aos sistemas ofensivos, cenário que gerou muita dificuldade para os times desenvolverem jogadas com qualidade no último terço do campo. Pelo lado tricolor, a melhor chance aconteceu aos 34 minutos, quando Pedro Rocha arriscou chute de fora da área e obrigou Éverson a se esticar para espalmar pela linha de fundo.
Na volta do intervalo, os treinadores promoveram alterações na equipe para tentar mudar a dinâmica do jogo. Vojvoda trocou Zé Welison e Robson por Ronald e Lucas Lima, respectivamente; Cuca sacou Rubens e Zaracho para as entradas de Nacho Fernández e Keno. Apesar disso, o ritmo do embate entre os times permaneceu bem semelhante ao da primeira etapa: muita disputa por espaço, mas pouca eficiência no ataque.
Pelo lado tricolor, inclusive, as modificações pioraram o desempenho do escrete. Sem força no meio-campo, as linhas de marcação do clube cearense, executadas em bloco médio durante o primeiro tempo, precisou ser recuada para a entrada da área, estratégia que fez o Galo impor uma incômoda pressão territorial. Quando o Leão recuperava a bola, a falta de articulação e o excesso de erros de passes impediram que a equipe progredisse as jogadas.
O empate, embora não fosse o resultado ideal para a atual projeção do Fortaleza na competição de se consolidar entre os oito primeiros, poderia ter sido pior se Fernando Miguel, aos 43 minutos do segundo tempo, não tivesse feito uma defesa milagrosa para evitar o gol de Pavón. No fim, resultado justo e que mantém o Tricolor vivo na luta pela pré-Libertadores.